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Sindicato de professores do ES vê reforma da Previdência com preocupação

Sindicato de professores do ES vê reforma da Previdência com preocupação

Texto do projeto prevê idade mínima de 60 anos para que docentes possam se aposentar

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 15:38

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Sala de aula: mudança na aposentadoria de professores. (Shutterstock)

O Sindicato dos Professores do Espírito Santo (Sinpro-ES) informou que vê com preocupação a possível mudança na lei que rege a aposentadoria dos professores.

Os professores da iniciativa privada, segundo o texto da proposta do governo Bolsonaro, terão que cumprir uma idade mínima de 60 anos. Isso valerá para homens e mulheres, que terão que contribuir por 30 anos.

Atualmente, não há idade mínima, e o tempo de contribuição mínimo e de exercício da função é de 25 anos (mulheres) e 30 anos (homens).

No caso dos professores do setor público, as regras propostas na reforma da Previdência também preveem os requisitos de 60 anos de idade, para homens e mulheres, e um tempo de contribuição de 30 anos. Além disso, são exigidos pelo menos 10 anos no serviço público.

Atualmente, os professores do setor público se aposentam com 50 anos de idade, se mulher, e 55 anos, se homem. O tempo de contribuição também é diferente de acordo com o sexo: 25 anos (mulher) e 30 anos (homem). Também têm que cumprir o requisito de 10 anos de tempo de serviço no setor público.

De acordo com a professora Érika Piteres, secretária-geral do Sinpro-ES, a peculiaridade da atividade deveria ter sido mais considerada na hora de se apresentar a proposta.

“A mudança causa preocupação porque a peculiaridade da nossa profissão deveria ser levada em conta. Eu fiz as contas para a minha aposentadoria e, pelo que vi, vou ter que trabalhar até os 70 anos. Como eu, professora de educação infantil, posso dar aula com 70 anos?”, questionou.

“Não somos contra mudanças, mas contra as formas que essas mudanças estão sendo feitas. Não concordamos com a mesma idade para homens e mulheres. A diferença de gênero também deveria ser respeitada pela reforma”, completa a professora.

Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) foram procurados para comentar o assunto, mas não quiseram se posicionar. Representantes informaram que o sindicato enviaria uma nota sobre o tema, mas nenhum posicionamento chegou até o fechamento da edição.

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