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Lula assina decreto que eleva valor do salário mínimo a R$ 1.412

Lula assina decreto que eleva valor do salário mínimo a R$ 1.412

O valor é R$ 92 superior ao montante vigente hoje e passa a ser válido a partir de 1º de janeiro de 2024

Publicado em 27 de dezembro de 2023 às 14:41

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BRASÍLIA - Antes de sair para o recesso de fim de ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deixou assinado um decreto que aumenta o salário mínimo para R$ 1.412 a partir de 1º de janeiro de 2024. O texto, segundo informações do Palácio do Planalto, pode ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta quarta-feira (27).

O valor é R$ 92 superior ao montante vigente hoje, de R$ 1.320, mas inferior ao inicialmente previsto pelo governo no Projeto de Lei Orçamentária Anual, a PLOA, que previa a cifra de R$ 1.421. Isso porque a inflação usada no cálculo ficou abaixo das projeções.

Novo valor do salário mínimo
Salário mínimo vai aumentar a partir de janeiro. (IStock)

Essa diferença, segundo as consultorias técnicas do Congresso, dará um alívio de R$ 6,3 bilhões nos gastos obrigatórios do governo no ano que vem, já que uma série de despesas são atreladas ao mínimo.

Dentre elas, estão seguro-desemprego, abono salarial e benefícios previdenciários. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), um quarto da população do País, o equivalente a 54 milhões de pessoas, é impactada pelo mínimo.

Essa "sobra" de R$ 6,3 bilhões, porém, já foi remanejada dentro do Orçamento. Ela será usada para recompor parte do corte feito pelo Congresso no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – uma das bandeiras do presidente Lula, que acabou desidratada com o objetivo de engordar as emendas parlamentares, as quais terão valor recorde em 2024 em meio ao poder crescente do Legislativo.

Entenda a correção do salário mínimo

A nova política de valorização do mínimo – que retomou as correções reais, ou seja, acima da inflação – prevê o reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado no período de 12 meses até novembro, mais o crescimento do PIB de dois anos antes.

No caso da definição para 2024, a fórmula leva em conta o INPC de 3,85% e o PIB de 2022, que cresceu 3%, segundo valores revisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A política de valorização real do mínimo vigorou no País entre 2011 e 2019, mas nem sempre o salário subiu acima da inflação. Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base no índice inflacionário, porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) encolheu.

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