Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Regras do futebol: preservação, respeito e legitimidade

Mesmo com atualizações ao longo do tempo, a dinâmica do jogo precisa ser considerada

Publicado em 18/02/2021 às 02h04
Arbitragem
Com ou sem VAR, arbitragem é sempre protagonista no mundo da bola. Crédito: Thiago Ribeiro/AGIF

Para ilustrar meu primeiro bate-papo aqui, vou dar o apito inicial fazendo a bola rolar para o esporte mais popular do mundo, que é jogado em todos os países e que tem, para todos, as mesmas regras, desde uma grande final de Copa do Mundo até numa pelada de fim de semana. Daí a grande importância da preservação e do respeito às regras do futebol.

De todos os fatores importantes, a legitimidade é o principal pilar a ser observado e buscá-la nos resultados requer a participação de todos que exercem atribuições dentro de campo para que o encanto e o envolvimento do povo permaneçam. 

HISTÓRIA QUE  SE ATUALIZA COM O TEMPO

As primeiras regras do futebol foram criadas em 1863. Três anos depois, associações britânicas (Escócia, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte) formaram a Internacional Board, entidade mundial com o papel de desenvolver e preservar as regras do jogo. De lá para cá, muitas alterações foram propostas e efetuadas. Em 1865 foi lançada a regra do impedimento, 1871 os goleiros são autorizados a usar as mãos, implantaram-se os travessões sobre as balizas em 1875 e finalmente em 1894 o futebol chega ao Brasil através de Charles Miller. Em todo esse caminho sempre prevalece a busca pelo aperfeiçoamento, a legitimidade, a segurança e dinâmica do jogo.

Em uma longa viagem pela história, passando por gols impedidos, de mão e aqueles que a bola não entrou toda, chegamos aos dias de hoje, em que a tecnologia foi fortemente inserida. Na busca por colaborar com esses fatores, surge uma grande questão: estaria ela tirando aquele gosto da polêmica e da rivalidade que sustenta a paixão e que faz o jogo não terminar com o apito do árbitro, estendendo-se para os botecos e rodas de conversa do outro dia quando torcedores rivais se encontram? Parar o jogo por 5, 6 minutos para se tomar uma decisão, mesmo que justa, tira a emoção do gol, o momento mágico do futebol? 

Há quem proponha acabar com o impedimento (discordo), outros querem que a partida não pare durante uma substituição (concordo) para não se perder tempo desnecessário. Os mais fanáticos, como não podem culpar o árbitro, xingam agora o pobre do VAR, que de pobre não tem nada - é um recurso caríssimo e que por isso não pode ser utilizado em todos os jogos em todos os níveis como preconiza a própria Fifa.

O QUE VOCÊ MUDARIA NA REGRA?

Diante disso, o que você mudaria, ou nada precisa mudar, ou já estão mudando demais? Eu, por exemplo, penso que as traves deveriam ser maiores para termos mais gols em cobranças de faltas. Ou será que não temos mais tantos gols de faltas por que não temos mais craques como antigamente? A certeza que tenho é de que com a bola em jogo não temos confusão, portanto o bom mesmo é colocar a bola para rolar.

CURIOSIDADE DO DIA

  • O que diz a regra: Quando um jogador impedir um gol ou uma clara oportunidade de gol da equipe adversária, com uma infração de mão/braço, o jogador deve ser expulso independentemente do local onde a infração for cometida.

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