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Pai que jogou filhas de ponte na Serra pede prisão menos rigorosa

Wilson da Conceição Barbosa já cumpriu 17 anos de sua pena e pediu sua progressão para o regime semiaberto; crime aconteceu em 2010; veja vídeo

Vitória
Publicado em 18/04/2025 às 03h30
Pai que matou filhas em nova almeida
Crédito: Arte - Camilly Napoleão com Adobe Firefly

Quinze anos após matar as filhas de 4 e 2 anos, jogando-as de uma ponte em Nova Almeida, na Serra, o pai solicitou à Justiça do Espírito Santo a sua ida para um regime prisional menos rigoroso, o semiaberto. Uma modalidade que permite a ele trabalhar ou estudar durante o dia, voltando para a prisão à noite. Mas o pedido foi negado.

Wilson da Conceição Barbosa, 51 anos, que tinha o apelido de "Peixe Podre", foi condenado a 36 anos de prisão em maio de 2012, pelas mortes de Luciene Conceição Barbosa, 4, e Luciana Fortes Barbosa,2.

Ele já cumpriu quase 17 anos, prazo maior do que o decorrido desde o crime, mas é um tempo conquistado com a chamada remição (diminuição) de pena, obtida por meio de trabalho, estudo ou leitura.

O período em que esteve em regime fechado deu a Wilson, segundo o previsto na legislação penal, o direito de pleitear a ida para o novo regime, o semiaberto. Foi o que fez, mas a solicitação foi negada no dia 17 de março deste ano. Não foi aprovado no exame criminológico, exigido para a mudança de regime. A conclusão foi de “inaptidão de progressão” e o pedido foi indeferido.

Wilson permanece detido na Penitenciária de Segurança Média 1 (PSME1), em Viana.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 13 de abril de 2010. As meninas Luciene Conceição Barbosa, 4, e Luciana Fortes Barbosa,2, foram jogadas da ponte de Nova Almeida, na Serra. Elas caíram no rio Reis Magos,  sendo arrastadas pela força da água e morreram afogadas. Os corpos foram encontrados pela equipe de resgate somente no outro dia.

O pedreiro confessou o assassinato e alegou que matou as crianças por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe delas. Wilson foi agredido por populares que presenciaram o crime, mas foi levado pela polícia antes que fosse linchado. À Justiça ele relatou que não se lembrava do crime.

Em uma entrevista para A Gazeta, em 2019, concedida na unidade prisional, o pedreiro pediu perdão, disse que se arrependeu do crime. “É uma dor insuportável”. Contou que na prisão viveu dos piores momentos até as mudanças positivas, como aprender a ler e a escrever. (vídeo acima).

Em uma das decisões judiciais do processo é informado que ele tinha longo histórico de abuso de álcool e vários anos de uso de crack e que no dia do crime não estava embriagado ou drogado. É relatado ainda que admitiu ter matado as filhas para se vingar da mãe delas. 

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