Crítico de cinema e colunista de cultura de A Gazeta

Testamos o AppleTV+, serviço de streaming da Apple

Lançado na última sexta-feira (01/11), serviço chega embalado por grandes nomes e superproduções. Vale a pena?

Publicado em 01/11/2019 às 14h01
The Morning Show. Crédito: AppleTV/Divulgação
The Morning Show. Crédito: AppleTV/Divulgação

O AppleTV+ está entre nós. Demorou para uma das gigantes do Vale do Silício lançar um serviço de streaming pra chamar de seu. Desde às 4h da manhã desta sexta (01/11), o serviço disponibilizou episódios de séries como “See”, “For All Mankind”, “The Morning Show” e “Dickinson”, seus grandes atrativos. Os três primeiros episódios de cada série já foram liberados, mas a partir de agora serão semanais, com lançamentos toda sexta-feira. A assinatura mensam é de R$ 9,90 (nos EUA é US$ 4,99), mas a primeira semana é gratuita.

Para quem utiliza seus produtos Apple (telefones, computadores, tablets e notebooks) a todo o momento, o sistema é ótimo. Os aparelhos AppleTV a partir da terceira geração já possuem o aplicativo em sua última atualização e o mesmo acontece com os macbooks, iPhones e iPads. A plataforma é de fácil navegação, com menus intuitivos, imagens grandes e playback sem travamentos. Um problema que encontrei foi que a cada episódio o áudio voltava para a versão dublada em português - pelo menos bastam dois cliques para devolver para o áudio original.

Série "See". Crédito: Apple/Divulgação
Série "See". Crédito: Apple/Divulgação

“Massa! Quer dizer que AppleTV+ é topíssima?” Mais ou menos. Para quem não usa Apple, o sistema ainda é bem precário. Não existe aplicativos para a maioria dos dispositivos de outras marcas. Por enquanto apenas alguns modelos de TV Samsung receberam o programa. A Apple promete em breve disponibilizá-lo para smart TVs LG, Sony, outros modelos de Samsung, além de media centers como o Amazon Fire Stick. Nem indícios, portanto, de uma compatibilidade com aparelhos de telefone Android ou com o Chromecast, ambos extremamente populares no Brasil e desenvolvidos pelo Google.

Apesar dos nomes envolvidos nas produções, o catálogo ainda é superficial. Das séries lançadas, “See”, com o Aquaman Jason Momoa, é uma distopia violenta e interessante, “The Morning Show” uma dramédia razoável com Steve Carell, Jennifer Aninston e Reese Witherspoon, “For All Mankind”, com Joel Kinnaman, parece promissor e “Dickinson” ainda não engrenou - mais análises durante a semana aqui na coluna. No próximo dia 28 o serviço estreia “Servant”, série de suspense de M. Night Shyamalan.

Ainda é cedo pra julgar se vale a pena ou não assinar o AppleTV+. Tecnicamente a plataforma é ótima, muito à frente, por exemplo, do Amazon Prime Video. O preço também é convidativo, mas o catálogo e a “exclusividade” ainda deixam a desejar. O grande mérito da Netflix, principal nome do setor, é funcionar bem em qualquer aparelho, em qualquer lugar. Se quiser ser popular e incomodar os rivais, a Apple não pode manter seu elitismo e abrir mão das plataformas Google, extremamente populares em mercados da América Latina. Caso não facilite o acesso, as séries até podem fazer sucesso, mas na pirataria.

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