Crítico de cinema e colunista de cultura de A Gazeta

"Acho que nós somos meio baratas", diz Pedro Wagner, de "Irmandade"

Ao lado do colega Lee Taylor, ator conversou com a reportagem sobre a série da Netflix e o momento atual do Brasil

Publicado em 30/10/2019 às 17h34
Pedro Wagner como Carniça em "Irmandade". Crédito: Netflix/Divulgação
Pedro Wagner como Carniça em "Irmandade". Crédito: Netflix/Divulgação

"Irmandade" está na Netflix desde a última sexta-feira, 25 de outubro (confira a crítica). A série criada e dirigida pelo cineasta Pedro Morelli acompanha uma facção criada dentro de um presídio em São Paulo, nos anos 1990, com o intuito de melhorar as condições de vida dos presos. 

 Com oito episódios em sua primeira temporada, "Irmandade" tem clima, ritmo e qualidade de thrillers policiais que estamos acostumados a ver em produções estrangeiras. A tal facção é comandada por Edson (Seu Jorge, confira a entrevista com ele aqui) e Carniça (Pedro Wagner), que, ao lado de Lee Taylor, que vive Ivan na série, se sentou comigo e alguns outros colegas de imprensa para bater um papo sobre a série.

Pedro é de Guaranhuns, Pernambuco, e mesmo já tendo feito trabalhos como a supersérie "Onde Nascem os Fortes" e a minissérie "Treze Dias Longe do Sol", ambas da Globo, ainda é um rosto não tão conhecido. Ao estar na presença do ator, percebe-se como sua atuação na série da Netflix é gigante. Apesar de ter emprestado sua nordestinidade ao Carniça, Pedro é sujeito calmo, simpático e de fala mansa, bem diferente do intimidador personagem.

Já Lee Taylor é mais conhecido. Também esteve em "Onde Nascem os Fortes", mas filmou novelas como "Velho Chico" e pode ser visto atualmente em "A Dona do Pedaço". Na mesma Netflix que lançou "Irmandade", Lee esteve em "O Mecanismo", na qual viveu o personagem inspirado no procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. Confira abaixo a entrevista.

Pedro, você tem consciência de que esse trabalho pode ser um clique, uma mudança na sua carreira?

Pedro Wagner - Olha... Tomara (risos). Eu não sei. É estranho me ver, ver pessoas íntimas também, é tudo muito estranho. Preciso ver mais de uma vez para poder me distanciar. Eu maratonei duas vezes e na segunda eu consegui me distanciar mais e perceber coisas, mas é meio o que você falou, um puta presente esse personagem, na dimensão dele, na maneira como ele se coloca dentro da trama. Eu sou muito cinéfilo, eu venho muito do teatro, mas o que me chamou para esse lugar, o que chamou minha atenção para ser ator foi o audiovisual. Eu sou muito cinéfilo desde pivete. Quando eu tinha 12 anos eu fui ver "Pulp Fiction" com uma tia e enlouqueci. Não entendi nada do filme, mas enlouqueci. Essa coisa desses personagens de ação pra mim é sempre uma tortura fazer, mas ao mesmo tempo é muito divertido. Esses personagens são muito distantes, muito diferentes dos que eu faço no teatro, que são colados na atmosfera do que eu sou ou do que me interessa, me atrai. Chegam coisas que eu nunca tinha refletido em fazer. O exercício gostoso é esse: descobrir a possibilidade, como fazer isso que a princípio parece tão diferente de mim, como achar os pontos de ficção e a identificação, porque há identificação. Violência é matéria humana e a circunstância é que te faz fazer isso ou não. Eu sempre fiz personagens mais violentos, mas parece que de alguma maneira tudo se encaminhou para chegar neste lugar. Eu entendo o que você fala, que pode ser o clique, mas eu também tento não ter tantas expectativas disso! 

Lee, você faz um policial na novela ("Dona do Pedaço") e agora faz um cara que sai da prisão. Como é passar por esses personagens e trazer, emprestar algo de autêntico e diferente ao Ivan, que é um cara que não é um bandidão, mas vai se transformando a cada episódio?

Lee Taylor - Na verdade eu tinha feito um policial antes de fazer a série, que foi no "Paraíso Perdido", da Monique Gardenberg. Agora faço um policial na novela que está se revelando um bandido, cometendo diversos crimes apesar de estar dentro da polícia. Neste trabalho específico o Ivan está ali por uma questão pontual, preso por explodir caixas eletrônicos, e entende que é o momento dele se aliar à facção. Ele tem uma estratégia muito racional, diferente dos outros presos, que são muito intuitivos, instintivos, como o Carniça e o Edson. Ele analisa muito bem o contexto antes de tomar a decisão, mas quando ele faz a escolha, ele se vê totalmente refém das condições. Fazer esse tipo de trabalho é fundamental. Tenho apreço de fazer personagens que me levam a caminhos desconhecidos sempre. Eu já tinha feito personagens que cometeram crimes e foram presos, mas não eram bandidos. Esse personagem realmente ele vai se tornando, pegando gosto por isso. Para mim, como ator, é fundamental ter elementos na construção do personagem que me provoquem e me façam ir atrás de algo que eu não tô acostumado a vivenciar ou a experimentar como ser humano. Isso me amplia, me traz questões.

Vocês dois têm idade para lembrar de 94. Como foi reviver esse período na série? Acontecimentos como a Copa do Mundo, a morte do Senna...

Pedro - É muito doido, acho que somos de uma geração próxima, né (Pedro tem 37, Lee, 35, e este que vos escreve, 39)? Somos meio heróis de ter sobrevivido aos anos 90 (risos), porque foi uma época muito louca. Eu não lembrava que era tão louco até ir dar uma olhada com esse distanciamento, olhar os programas de TV, o sistema carcerário, a situação política do país... Sou a primeira pessoa da minha família a entrar numa universidade, sou fruto de uma política. Meu grupo de teatro (Magiluth) faz 15 anos de trabalho ininterrupto. Somos frutos de um momento histórico e político que vivemos e que construiu uma série de coisas e possibilidades. Quando você olha para trás neste momento estranho que estamos vivendo, é quase uma volta para lá, pros ideais de lá... Os programas de TV estão voltando a ser extremamente populistas, então foi um exercício meio doido porque até então a gente sempre achava que o limbo era os anos 80, mas os anos 90 foram uma loucura,. Esse olhar foi muito interessante para perceber isso. Quando li o roteiro foi que entendi que era lá que ia se passar, por isso fui dar essa revisitada e fiquei meio assustado com o que foi a década. Ao mesmo tempo é uma década muito fundamental para mim porque foi quando comecei a ver cinema.

Quando você falou do "Pulp Fiction" veio a minha lembrança de ver o filme no cinema...

Pedro - Imagino que tenha sido muito forte, né? É uma coisa nebulosa, porque também é uma época muito determinante para tudo o que eu sou, mas é uma década muito permissiva, muito louca.

Lee - Acho que foi bem assertivo da produção localizar a história na década de 90 não só por conta do sistema carcerário daquele momento, mas também por conta dos trágicos acontecimentos, principalmente o massacre do Carandiru. Esses massacres e o sistema carcerário naquele momento estava muito propícios à criação dessas facções porque havia o interesse de melhorar a condição dos presos. Agora, depois de algumas décadas, a facção tomou outro lugar na sociedade. Relembrar esses tempos, o massacre, a situação política do país, que tinha passado pelo impeachment do Collor... Lembrei da minha adolescência, um momento bem delicado da minha vida, da minha família. O final da década de 90 também foi quando eu comecei a fazer teatro, então tudo isso é memória. Mas a morte do Senna e o Brasil tetracampeão são memórias que eu tenho muito presente, foram momentos muito marcantes e eu estava com os meus amigos.

Pedro - O tetra foi uma loucura... Eu lembro de entrar com a minha família num prédio em Boa Viagem, por onde a Seleção ia passar, e o prédio tava em construção ainda, poderia ter desabado (Recife recebeu a Seleção após o título. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas estavam na praia). O prédio estava ocupado até o décimo andar, e todo ainda no concreto bruto. Foi algo muito forte. Eu nunca tive esse envolvimento com esporte, mas o tetra foi algo muito além de qualquer coisa. Eu lembro do meu pai, vai para esse lugar de memória afetiva. Quando volta na série você lembra a força que isso teve quando aconteceu.

Lee - Era um momento ali, a morte do Senna e o tetra, em que o país estava muito carente e o esporte significava muito essa questão patriótica.

Pedro Wagner

O Carniça de "Irmandade"

"O grande problema do nosso momento é a letargia, uma letargia geral da sociedade, da classe média, sobretudo, uma classe média que não se entende, não sabe o que ela é, a serviço de que ela deveria estar"

A série tem uma questão política. Tem o contexto dos anos 90, tem a cena em que o Edson está sendo torturado e o bastão tem escrito "direitos humanos"... Tem essa questão sobre a dignidade ou a falta dela em relação às pessoas negras. A gente vive um momento político em que essas questões voltam à tona. A série trazer isso, neste momento, me parece muito ousado. Vocês conversaram sobre isso, sobre a possível recepção, a potência da série?

Pedro - Conversando com o Pedro Morelli sobre a dimensão das coisas, falamos que essa é uma série que é entretenimento, um trabalho de gênero, um thriller, e falamos sobre a dimensão do entretenimento e obra de arte, porque a obra de arte não tem obrigação de ser entretenimento, mas o entretenimento, se puder dar uma flertada com o artístico, é mais legal. Isso pressupõe que na estética ele está lidando com ética, então uma coisa é colada na outra. Quando eu assisti à série, tive a sensação de que estava assistindo para que isso não volte a acontecer, para que as coisas não caiam nesse lugar, porque a gente cai sempre no mesmo lugar. Não sei se te respondo direito, mas é uma elucubração sobre essas questões. Conversávamos muito sobretudo sobre o senso de responsabilidade para tentar não ser compreendido de uma maneira leviana, mas deixando liberdade para que o olhar do outro, o espectador que vai assistir, tenha espaço para tirar suas próprias conclusões. Essa contradição está muito nos personagens todos, nos dilemas. Acho que isso fez parte desde o processo de roteiro, porque também é uma questão extremamente delicada quando você se volta a tentar discutir algo, mesmo no campo do entretenimento, que tenha esse lado social. É preciso ouvir os lados, as perspectivas, as narrativas diferentes, as dramaturgias diferentes, a série propõe isso. O deslocamento no tempo ajuda a estrutura por conta da tecnologia, está cada vez mais difícil fazer roteiro por causa dessas coisas. As pessoas estão indo cada vez mais para trás para poder ter mais liberdade, mas também esse senso de responsabilidade com a memória e a construção histórica de um país, de você olhar e era disso a pior. Na verdade os relatos nas pesquisas tinham coisas muito mais atrozes que não cabiam. Muitas vezes a realidade não cabe na ficção porque é muito mais atroz. Esse deslocamento é importante para essa construção de memória, para não cair de novo naquele lugar para que a gente fica sempre tendendo a voltar.

Lee - É importante não esquecer, tratar de alguns temas para gente não esquecer porque muitas vezes a gente retrocede em algumas questões sem perceber e esquece que aquele momento é de um passado remoto. Essa violência que temos vivido, essas rebeliões recentes em várias penitenciárias, pensávamos que estava lá atrás, né? Agora nos deparamos com o contexto da série e vemos que agora também está sendo assim. O momento político e social que estamos vivendo faz com que retrocedamos 30, 20 anos atrás. Eu, desde o início, quando peguei o roteiro, já consegui perceber o diferencial do trabalho, que ele estava ali não só para traze rum drama interessante, como ficção, mas também para discutir temas e questões que acho absolutamente relevantes no momento histórico que estamos vivendo. Não só a série é interessante como dramaturgia, roteiro, com personagens complexos, questões que merecem ser discutidas, mas também porque traz esse contexto a ser relembrado, revivido, revisado, rediscutido em paralelo ao momento. Fiquei muito feliz de ter em mãos um trabalho como este, que tratava de uma maneira ampla o sistema penitenciário por um olhar de uma mulher negra que liga toda a trama de uma maneira muito inteligente.

Lee Taylor como Ivan em "Irmandade". Crédito: Netflix/Divulgação
Lee Taylor como Ivan em "Irmandade". Crédito: Netflix/Divulgação

O cinema brasileiro vive um momento complexo. Temos visto o aumento de produções brasileiras na Netflix, grandes filmes sendo lançado fora dos grandes centros, Ceará e Pernambuco fervilhando cinema... Temos um boom de um lado e do outro tem o que está acontecendo com a Ancine, com o país do ponto de vista de ser artista no Brasil de hoje. Com vocês vivendo uma curva de ascensão, vocês temem um futuro? O que vocês têm a avaliar deste momento?

Pedro - Entre uma entrevista e outra, conversando com os colegas, todo mundo está num estado de apreensão. Dizem que se tiver uma hecatombe a última coisa que acabará são as baratas, e eu acho que nós somos meio baratas, fazemos o contexto, é colado com a sobrevivência, com a necessidade de existência e de exercer o ofício. Então encontramos meios para isso. Dentro deste panorama fica sempre terrível porque é em detrimento do humano, né? Os artistas estão sempre no front, tanto na discussão das coisas, trazendo à superfície as discussões... Então eu tenho medo, mas é um medo que me move. Tenho um grupo que está fazendo 15 anos, então eu estou agora fazendo um repertório em Recife, mas ao mesmo tempo percebemos que os festivais estão acabando. Quando vamos para o audiovisual tem um monte de coisa para dificultar de várias maneiras. A gente vai encontrando outras estratégias. Assusta, mas eu não sou... Talvez esteja sendo meio Poliana (risos), mas eu não sou um pessimista profundo talvez por me colocar em ação. O grande problema do nosso momento é a letargia, uma letargia geral da sociedade, da classe média, sobretudo, uma classe média que não se entende, não sabe o que ela é, a serviço de que ela deveria estar... Uma esquizofrenia. Ainda é mais privilegiado quando um trabalho que é este, que tenta discutir tudo isso com um viés humano e a partir de questões não maniqueístas, de contradição, de dimensão, de irmandade e violência dentro dos seres a partir de circunstâncias, uma série de coisas sociais que organizam e fazem determinadas pessoas serem aptas a sobreviver e outras. não. Tem gente que vive e tem gente que sobrevive. É muito legal estar neste rolê, com vocês, podendo trabalhar, estar aqui discutindo ideias por conta de um trabalho como este.

Lee - É inevitável tocar nessa questão do contexto cultural que estamos vivendo principalmente com as últimas medidas. O cinema está sofrendo, o teatro está sofrendo, a cultura de forma geral está em estado de emergência. Eu tento encarar isso como uma provocação para não arrefecer, para que isso não seja algo definitivo, isso é transitório e temos que ter consciência disso. Essas medidas necessariamente precisam de uma resposta urgente da sociedade, da classe artística, que tem se movimentado nesse sentido. Não é possível aceitar isso de uma maneira tranquila.  "Irmandade" teve o privilégio de ser produzido pela Netflix e não precisar lidar com essas questões diretamente. Isso tem afetado produções no país inteiro, grupos de teatro e produções independentes que necessitam de uma verba para desenvolver os projetos que tratam de questões singulares, que são os mais afetados. Eles já são minorias e muitas vezes só aconteciam por conta de uma mísera verba. Nossa classe está bem depreciada, a sociedade não consegue entender a complexidade do tema e a nossa função enquanto artistas é esclarecer a sociedade e bater de frente com essas decisões políticas que representam um verdadeiro retrocesso depois de anos de ascensão. Estamos produzindo conteúdos relevantes, artísticos, e a resposta que a gente pode dar é no palco, é na tela. Acho maravilhoso que apesar das críticas, de corte de verbas, de decisões equivocadas, a gente está ganhando prêmio no exterior, está homenageando a Fernanda Montenegro sim, está lançando uma série relevante. Tratando essas questões e criticando essas escolhas como podemos, expondo e refletindo artisticamente sobre isso.

Como vocês veem essa nova forma de expressar através de séries? Vocês são profissionais que vêm do teatro, do cinema, da televisão... Agora estamos vivendo esse universo de séries.

Pedro - É um fenômeno mundial. Todos os países produzem suas séries e a internet faz com que esse material circule muito. Acho maravilhoso porque abre um campo de trabalho incrível e essa ideia de trabalhar com um personagem de forma contínua no Brasil, sem ser dentro da dinâmica de uma novela. Recebemos uma obra fechada, dá para trabalhá-la de uma certa maneira. Eu não vejo muita diferença entre a maneira com que eu lido com um personagem de série ou um de longa. Talvez seja o tempo, não metodologia e aplicação. Acho que é diferente de teatro, sempre vou achar, pelo tempo, pela maturação das coisas, é outro rolê... Mas nesse sentido da série e do cinema é muito próximo. Como linguagem eu acho foda segurar uma série, segurar oito episódios dentro de uma estrutura de quase pequenos longas, com uma carpintaria de cinema, um tempo, um cuidado de cinema. A gente tem muitos atores e sabe tecnicamente há muito tempo como fazer. São muitas histórias enquanto país, enquanto continente sul-americano, latino americano, levando em consideração nosso passado audiovisual que é muito forte, uma construção própria com o Cinema Novo, o audiovisual de Pernambuco, que é uma coisa que praticamente não fiz na vida, mas admiro profundamente, de Fortaleza, de Belo Horizonte... Tudo isso só soma. Então é muito sintomático que haja uma tentativa de frear esse movimento, a potência desse movimento. Não é à toa, né? O alcance do audiovisual é muito rápido e parece ser uma arma muito perigosa para alguns com pensamento mais reacionário.

Lee - Acho que é um formato recente no ponto de vista que estamos produzindo aqui, sempre tivemos séries de TV aberta, mas são bem diferentes como modo de produção. Tive a oportunidade de trabalhar em vários gêneros e várias linguagens. Fiz teatro, tô fazendo novela, já tinha feito outra, tinha feito séries de TV aberta, fiz duas temporadas de "O Mecanismo", na Netflix, e fiz cinema também. Olhando um pouco de dentro, a série traz uma possibilidade de desenvolvimento, de um recorte que muitas vezes um longa não traz, a não ser os longas do (diretor húngaro) Béla Tarr (risos) em que ele faz o que quer e não tem a mínima preocupação comercial, então você pega um "Satantango" e é uma série (o filme tem sete horas e meia). A série traz essa possibilidade de você desdobrar um recorte e de você tratar isso dentro de alguns episódios ou fazer uma nova temporada é muito interessante do ponto de vista de você acompanhar uma trajetória e desenvolver um pensamento, uma reflexão acerca de um determinado tema. O diferencial da série é que ela traz o mesmo modo de produção do cinema, mas com essa vantagem de poder desenvolver o tema um pouco melhor... talvez não um pouco melhor, mas desenvolver com minúcias o roteiro e as personagens. Eu adorei fazer as séries que fiz, mesmo na TV aberta, porque tinha um modo de produção muito próximo. Tem o tempo de pesquisa, o tempo de preparação, que às vezes é maior que no cinema, então tenho um apreço muito grande por esse formato e o público está começando a enxergar isso e a se interessar por essas histórias.

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