Crítico de cinema e colunista de cultura de A Gazeta

Banda de capixaba é grande aposta do metal mundial

Natural de Iúna, Rodrigo Carvalho é vocalista da banda Irist, que acaba de lançar o single de seu disco de estreia

Publicado em 29/01/2020 às 04h00
Atualizado em 29/01/2020 às 04h01
Rodrigo,  o segundo a partir da direita,  é vocalista da banda Irist. Crédito: Nuclear Blast/Divulgação
Rodrigo,  o segundo a partir da direita,  é vocalista da banda Irist. Crédito: Nuclear Blast/Divulgação

A renomada revista britânica “Kerrang!” publicou recentemente uma matéria sobre a banda Irist - “a banda de metal sobre a qual todos falarão em 2020”, afirma a publicação. A banda acaba de soltar o single “Burning Sage” e se prepara para lançar “Order of the Mind”, seu primeiro disco, em março.

Formada em 2015 sob o nome de Toro, a banda tem um guitarrista argentino (Pablo Davila), um baixista chileno (Bruno Segovia), dois americanos (Adam Mitchell e Jason Belisha, respectivamente guitarrista e baterista) e um brasileiro - um capixaba, para ser mais específico, nos vocais.

Natural de Iúna, Sul do Estado, Rodrigo Carvalho mora nos EUA desde 2007 e atua como professor de inglês. Quer dizer… atuava. “Acabei de entregar minha carta de demissão. Agora vivo de banda”, brinca o músico.

Rodrigo chegou a ter bandas por aqui, mas abandonou a música ao chegar nos EUA. Depois de ter se estabelecido profissionalmente, percebeu que a música lhe fazia falta e começou a procurar por uma banda, foi quando chegou à Toro, à época em busca de vocalista. Ele não passou no teste, mas não desistiu. Se preparou e, quando o antigo vocalista resolveu se afastar, Rodrigo assumiu o posto.

A mudança no nome foi natural, com Rodrigo nos vocais e uma mudança no som, a banda entendeu que uma renovada seria interessante. Irist, segundo o vocalisa, é um neologismo, uma palavra que não existe. “Gostamos porque lembra ‘Iris” e também ‘Ire’ (‘ira’ em inglês). Mudamos também por questão de copyright”, afirma.

No início de 2019 a banda assinou com a gigante Nuclear Blast e fez planos de gravar com o produtor Steve Evetts, na Califórnia. “Nada rolou como planejado (risos). “Fomos para Southampton, Inglaterra, e ficamos um mês morando dentro do estúdio em que gravamos com o produtor Lewis Johns. Ficou mais barato ir para lá, para outro país, do que gravar nos EUA. Foi uma experiência nova ficar lá totalmente voltados para produzir o disco”, completa.

O resultado é um trabalho de nível altíssimo - “Burning Sage”, o single, mostra bem a cara da banda. A música alterna momentos mais rápidos com um final mais climático. As influências são de bandas tradicionais como Sepultura e Alice in Chains, mas há também bastante de Converge, Mastodon e Gojira, o que há de melhor atualmente no metal mundial.

“O disco é muito diverso, tem até músicas com vocal limpo. O que elas têm em comum é que todas têm melodias pesadas, densas e ritmos não convencionais”, explica Rodrigo.

“Order of the Mind” será lançado em 27 de março e a ideia da banda, óbvio, é entrar em turnê. “Muitas das reações quando nos ouvem é do tipo ‘como não conhecemos vocês?’, então, com o single, espero que a banda entre no radar das pessoas. Provavelmente vamos fazer uma turnê americana. Se der certo, espero que possamos ir à Europa”.

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