Ex-goleiro de futebol brasileiro que atuou nas décadas de 1970 e 1980. Nos anos 1990 foi para o futebol de areia. Hoje atua como comentarista esportivo para a TV Gazeta e colunista de A Gazeta.

Tite precisa ser mais ousado no comando da Seleção Brasileira

Treinador pode escalar o meio-campo mais ofensivo diante dos adversários limitados desta Copa América

Publicado em 15/06/2021 às 02h00
Tite segue pragmático à frente da Seleção
Tite segue pragmático à frente da Seleção. Crédito: Lucas Figueiredo/CBF

Uma vez que a Seleção Brasileira está disputando a Copa América, o seu treinador Tite poderia aproveitar a competição e ousar um pouco mais na escalação da equipe. Vejamos o exemplo desta primeira partida da competição no último domingo(13) contra a fraca seleção venezuelana, ainda desfalcada de praticamente meio time contaminado com a Covid-19.

Apesar da fácil vitória por 3 a 0, Tite poderia ter aproveitado e tornado o meio-campo da Seleção mais ofensivo. Em vez da escalação de dois cabeças de área (Casemiro e Fred), o ideal seria apenas um ,no caso o capitão Casemiro, recuando Lucas Paquetá para a posição de segundo volante. A simples modificação tornaria a saída de bola da defesa para o ataque mais rápida e qualificada.

No futebol da atualidade que imprime uma forte marcação na saída de bola, torna-se extremamente necessário o jogador que tenha a técnica do bom passe. Reconheço que o volante é um jogador importante para dar a devida segurança para a defesa pois tem a missão de cobrir possíveis avanços dos laterais. Mas tal tarefa se aplica quando enfrentamos adversários mais qualificados, o que não se aplica nesta Copa América onde dificilmente teremos seleções com pretensões ofensivas.

Portanto, ainda tenho esperança de ver os jogadores que atuam no meio-campo da Seleção Brasileira com passes verticais em direção ao gol adversário tornando a equipe mais veloz e desta maneira evitando o recuo exagerado do nosso melhor jogador. Neymar está fazendo no momento esta função. Afinal, nosso craque só oferece perigo ao adversário quando está posicionado da intermediária para frente, isto é, quando está perto do gol do time adversário.

DIA DOS NAMORADOS

Pois é amigos, preciso dividir com vocês como foi o meu final de semana em que se comemorou o “Dia dos Namorados”. Usando um pouco da minha experiência sabendo o que já me esperava de trabalho pela frente, entreguei na sexta-feira (11) rosas vermelhas para a esposa e companheira de vida com as palavras “Feliz véspera do Dia dos Namorados“.

A partir daí, a TV foi a minha companheira, assistindo Eurocopa com direito ao susto com o acidente do jogador Eriksen da Dinamarca na partida contra a Finlândia, Brasileiro Série D, Brasileiro série B, amistoso da Seleção Brasileira feminina, Brasileiro Série A e Copa América.

Ufa! Foi realmente uma maratona de jogos de futebol com muitas anotações para os comentários no Bom Dia ES, na TV Gazeta. Mas felizmente deu para intercalar com ida até a academia para sessão de exercícios, almoço preparado com capricho pela esposa junto a um bom vinho.

Rodrigo Muniz e Bruno Henrique foram autores dos dois gols do Flamengo contra o América-MG
Rodrigo Muniz e Bruno Henrique foram autores dos dois gols do Flamengo contra o América-MG. Crédito: AlexandreVidal / CRF

Como resumo cito a importante vitória do Rio Branco de Venda Nova sobre o Boa Esporte pela Série D e que o nosso outro representante, Rio Branco, apesar de derrotado pelo Uberlândia teve bons momentos na partida e pode melhorara na competição.

Vasco e Botafogo começaram a reagir com vitórias na Série B, enquanto o Flamengo passou tranquilamente pelo América-MG sem fazer muito esforço no Maracanã pela Série A. Ah! Importante ressaltar que os líderes com 100% de aproveitamento na competição Fortaleza e Athletico-PR surpreendem os mais experientes comentaristas de plantão. A dúvida é se manterão o ritmo até o final do campeonato.

CASOS DA BOLA

Esse caso foi contado pelo amigo e companheiro Zé Roberto, ex-ponta esquerda de Fluminense e Flamengo na década de 70:

“Em 1973 estava sentado no banco de reservas no Fla-Flu da final do Campeonato Carioca. Quarta-feira a noite, chovia muito no Maracanã e o Fluminense vencia por 4 a 2. Quase acabando a partida um jovem franzino atacante do Flamengo deu um pique até a lateral tentando evitar a saída da bola. Foi em frente ao nosso banco. Escorregou na poça d´água e levou uma vaia imensa da torcida rubro-negra que já começava a deixar o estádio.

O diagnóstico do nosso banco de reservas sobre ele foi igual ao dos narradores, repórteres e torcedores: “É, que pena, esse menino não vai longe no futebol”. Aos 20 anos, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, deve ter ido para sua casa em Quintino ouvindo os comentários nas rádios de que não passava mesmo de uma promessa.

Pois é, aos poucos Zico foi se impondo. As vaias se transformaram em admiração e o futebol viu surgir um dos seus mais talentosos jogadores. Depois daquele tombo, Zico reconheceu a queda e não desanimou. Levantou da poça, sacudiu o short, treinou muito e deu a volta por cima.”

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