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Após soltar a mão de Audifax, presidente de partido volta ao governo Casagrande

E mais: denúncia contra campanha CasaNaro é arquivada; CNJ mantém juíza do ES livre de processo administrativo

Vitória
Publicado em 02/12/2022 às 11h15
Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo, em Vitória
Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo. Crédito: Hélio Filho / Secom

A cinco dias do primeiro turno das eleições de 2022, o presidente estadual do Avante, Marcel Carone, avisou que havia acabado de deixar a campanha do então candidato ao Palácio Anchieta Audifax Barcelos (na época, filiado à Rede).

Marcel elencou uma série de problemas com o redista, principalmente pelo fato de Audifax não ter, segundo ele, cumprido alguns acordos, como o de pedir votos para o candidato ao Senado do Avante, o pastor Nelson Junior.

A expectativa, naquele momento, era de que o governador Renato Casagrande (PSB) fosse reeleito já em primeiro turno. E Marcel Carone declarou apoio ao socialista.

O presidente estadual do Avante já havia integrado a gestão estadual. Deixou o cargo comissionado na Casa Civil justamente porque o governador havia escolhido outro nome para apoiar ao Senado, Rose de Freitas (MDB).

O socialista, ao contrário do esperado, viveu um páreo duro contra Manato (PL) e a disputa pelo Palácio foi para o segundo turno. Marcel Carone fez campanha para o governador nesse período também. 

Agora, com  Casagrande reeleito, ganhou novamente um cargo. O diário oficial desta sexta-feira (2) registra que Marcel foi alocado como assessor especial, novamente, na Casa Civil.

CAMPANHA CASANARO

A estratégia de pedir votos para Renato Casagrande e Jair Bolsonaro, adotada por aliados do governador, desagradou a partidários de Manato, que era o candidato bolsonarista ao governo do estado.

Um deles chegou a acionar o Ministério Público. Uma denúncia anônima informou à Promotoria de Justiça junto à 24ª Zona Eleitoral, em Guarapari, que “a campanha de Casagrande está orientando seus aliados a postarem materiais casados dele com Bolsonaro, para criar no eleitor um estado psicológico de que ambos estão juntos. O Presidente está na coligação do adversário dele, Manato”.

"Anexou, ainda, captura de tela de grupo de WhatsApp onde um indivíduo posta uma foto de um adesivo com os nomes do candidato à presidência Bolsonaro e o candidato ao cargo de governador Casagrande", como registrou o promotor de Justiça eleitoral Sandro Barbosa Sgrancio.

"Ocorre que, analisando o anexo, não vislumbro que tal ação estivesse enaltecendo ou prejudicando candidatos ou, ainda, incitando que os candidatos estivessem 'juntos' pois, além das propagandas eleitorais veiculadas em televisão/rádio, os próprios candidatos, em suas propagandas eleitorais, estão acompanhados de seus apoiadores, não demonstrada a situação aludida pelo manifestante", concluiu o promotor.

A Notícia de Fato foi, assim, arquivada.

Ainda, o eleitor pode votar em qualquer candidato, sendo esse apoiador ou não de qualquer outro candidato.

JUÍZA NÃO VAI SER ALVO DE PAD 

O caso de uma juíza do Espírito Santo acusada de beneficiar uma servidora do fórum em que atua no processo de adoção de uma criança foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Tribunal de Justiça (TJES) já havia arquivado reclamação disciplinar contra a magistrada Monica da Silva Martins, da Comarca de Domingos Martins, negando a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O CNJ foi acionado contra essa decisão e uma longa votação se deu na última terça-feira (29). Por maioria de votos, os conselheiros decidiram manter o entendimento do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. 

O caso foi considerado "rumoroso", "difícil" e "delicado".

Cabe frisar que tanto o Ministério Público, quanto o TJES e o CNJ concluíram que a magistrada não cometeu nenhuma irregularidade.

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