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O papel de Fabiano Contarato na transição do governo Lula

Senador do ES, que é filiado ao PT, foi convidado a integrar equipe que prepara o início da nova administração

Vitória
Publicado em 28/11/2022 às 08h26
Senador Fabiano Contarato e ex-presidente Lula
Senador Fabiano Contarato e ex-presidente Lula. Crédito: Twitter/@ContaratoSenado

O senador Fabiano Contarato (PT) quase foi candidato ao governo do Espírito Santo, mas o partido retirou o nome dele da corrida para apoiar a reeleição de Renato Casagrande (PSB). O socialista, a duras penas, venceu o pleito. Contarato declarou voto em Casagrande apenas aos quarenta e cinco do segundo tempo.

O mesmo não se pode dizer quanto à postura do parlamentar em relação ao ex-presidente Lula (PT). O senador esteve, desde o início, ao lado do correligionário.

Agora, foi convidado a integrar a equipe de transição, que prepara o terreno para o início da nova gestão do governo federal, sucessora de Jair Bolsonaro (PL).

Contarato vai participar do grupo que trata de Justiça e Segurança Pública. Os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Adriana Accorsi (PT-GO) estão na mesma seara.

O senador do Espírito Santo foi professor de Direito Penal e de Processo Penal por mais de 20 anos, atuou por 27 anos como delegado na Polícia Civil e também foi diretor-geral do Detran-ES e corregedor-geral da Secretaria de Estado de Controle e Trânsparência (Secont/ES).

“Fui delegado de polícia e usarei minha experiência na área para apontar soluções efetivas para um problema sério do país, que é a segurança pública. Em paralelo, também contribuirei com os debates da área da saúde, sobretudo no que se refere ao pagamento do piso salarial da enfermagem, lei de minha autoria já aprovada no Congresso e sancionada pelo Executivo Federal”, destacou o parlamentar.

O coordenador do grupo Justiça e Segurança Pública é o senador eleito pelo Maranhão Flávio Dino (PSB), cotado para assumir o Ministério da Justiça.

Logo que os integrantes dessa área da transição foram anunciados chamou a atenção a ausência de representantes das polícias. O único, até então, era o delegado da Polícia Federal Andrei Passos Rodrigues, que atuou na segurança do petista durante a campanha eleitoral. 

No grupo, há ainda o ex-secretário estadual de Justiça de São Paulo Márcio Fernando Elias Rosa; o ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública Marivaldo Pereira; a especialista em direitos humanos Sheila de Carvalho, entre outros.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a equipe de transição, havia dito que o grupo solicitaria a colaboração de todas as forças policiais. 

A ausência de policiais civis e militares estaduais foi vista como "um sinal muito ruim" pelo presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima. 

TEMAS PRIORITÁRIOS

A transição escolheu 15 temas prioritários que devem ser tratados antes da posse de Lula: armas; milícias; crimes ambientais; acesso à Justiça; Estado Democrático de direito; drogas;  cooperação judicial internacional; inteligência policial; polícias técnicas (Abin e perícia); Arquivo Nacional; organização de orçamento da área; Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci); desencarceramento; crimes digitais e resoluções de justiça restaurativa.

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