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Renda salarial média do ES só é maior que a do Nordeste

Por causa do peso do serviço público, Distrito Federal está em 1° lugar; segundo lugar da lista é uma surpresa

Vitória
Publicado em 23/03/2024 às 03h11
Novo valor do salário mínimo
Entre os trabalhadores formais, a renda média do ES é de R$ 3.178,70, inferior à de todos os Estados do Sudeste, do Sul, do Centro-Oeste e do Norte. Crédito: IStock

Apenas os nove Estados do Nordeste têm renda salarial média abaixo da renda do Espírito Santo, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022, divulgados na sexta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho.

Entre os trabalhadores formais, a renda média do ES é de R$ 3.178,70, inferior à de todos os Estados do Sudeste, do Sul, do Centro-Oeste e do Norte.

Distrito Federal, por causa da grande presença de servidores públicos, tem a maior renda média entre os trabalhadores formais do país. Os trabalhadores formais - celetistas e servidores - recebem, em média, R$ 6,8 mil no DF.

Segundo a Folha de São Paulo, o alto salário médio do DF faz com que o Centro-Oeste tenha o maior rendimento médio por região, com salário médio de R$ 4,4 mil.

Em seguida vem o Sudeste, com R$ 4 mil, e o Sul, com R$ 3,7 mil. O Norte teve uma renda média de R$ 3,6 mil e o Nordeste ficou em último, com R$ 3 mil.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que o Brasil tinha 52,8 milhões de vínculos formais em 2022. Desse total, 48,7 milhões já estavam na Rais de 2021 e outros 2,3 milhões correspondem ao crescimento entre os dois anos. O 1,8 milhão de vínculos restantes vieram do crescimento da base de cobertura do levantamento.

A SURPRESA VEM DO NORTE DO PAÍS

A surpresa no levantamento vem do Amapá, na Região Norte, que ostenta o segundo melhor salário médio do país: R$ 4,7 mil.

A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, analisou os números do Distrito Federal e do Amapá. "Um terço dos trabalhadores do DF integra alguma organização governamental. No Amapá tem uma presença maior [do serviço público] no emprego formal, servidores estaduais e municipais. A Pnad mostra que tem muita gente na informalidade", explicou à Folha.

O professor da FGV, Renan Pieri, destaca que a renda média alta no Amapá "é uma ilusão". "O Amapá tem uma das maiores taxas de desemprego e os salários no serviço público não seguem uma lógica de mercado", avaliou.

Maior potência econômica do país, São Paulo é o terceiro com maior renda média salarial (R$ 4.262,50), seguido por Rio de Janeiro (R$ 4.218,50) e Rio Grande do Sul (R$ 3.752,80). Minas Gerais tem renda média pouco acima da do ES (R$ 3.182,80).

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