
Regência, a vila mágica de Linhares, no Norte do Espírito Santo, entrou para o mapa oficial da conservação costeira do Brasil. Entre 25 e 27 de julho, comunidade local, surfistas, simpatizantes do esporte, pesquisadores, gestores públicos e representantes do Programa Brasileiro de Reservas de Surf (PBRS) se reuniram para concluir o processo participativo que concedeu à praia capixaba o cobiçado selo de Reserva Nacional de Surf.
O reconhecimento coloca Regência ao lado de Itamambuca (SP), Praia do Francês (AL) e Moçambique (SC) como guardiã das cobiçadas ondas para a prática do surfe e da cultura oceânica que cerca essas praias do litoral brasileiro.
O reconhecimento da praia capixaba também marca uma vitória simbólica para um território que ainda enfrenta os impactos do rompimento da barragem da Samarco em Fundão (MG), ocorrido em 2015, o maior crime ambiental da história do Brasil.

“A titulação de Regência é parte da nossa reconstrução. Antes do desastre, o surfe local já se consolidava com forte identidade comunitária. Hoje, renascemos com ainda mais força e organização”, afirma Hauley Valim, sociólogo e articulador da RNS Regência.
Segundo avaliação do Programa Brasileiro de Reservas de Surf, as ondas de Regência são “perfeitas, longas, tubulares e traduzem a singular sociobiodiversidade de um dos mais importantes cursos d’água da costa brasileira, o Rio Doce”.
O QUE É UMA RESERVA NACIONAL DE SURF?
As Reservas Nacionais de Surf são espaços propostos pelas próprias comunidades, formalmente reconhecidos em âmbito federal, destinados a preservar ecossistemas de surfe e a promover o desenvolvimento sustentável por meio da prática esportiva, da pesquisa científica e do turismo de baixo impacto. Ou seja, o programa coloca o surfe como ferramenta de conservação, sensibilização ambiental e geração de renda.
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