
Jornalista e leitora compulsiva, Fernanda Farina, sempre que acabava de ler um livro, sentia necessidade de compartilhar com outras pessoas a maravilha que é uma obra literária, seja de qual estilo for. Apontada por muitos como adversária da leitura, a internet acabou sendo aliada de Fernanda na difusão da leitura. Com tempo e coragem para desbravar esse caminho, ela usou as redes sociais como atalho. E está conseguindo alcançar seu objetivo.
Em julho passado, em plena pandemia, essa moradora de Aracruz que nasceu em João Neiva, há 36 anos, casada e mãe de duas filhas, lançou no Instagram, no Facebook e no YouTube o projeto “Meu Diário de Leitura”, onde comenta, com muita graça e charme, os livros que lê.
“É um projeto com que eu tenho sonhado há algum um tempo. Além de leitora, sou grande admiradora da literatura. Penso que, por ser jornalista, tenho a noção do trabalho intelectual que há por trás de cada frase que compõe um texto. Adoro ser desafiada por aquela leitura que te projeta para outra dimensão”, vibra Fernanda, que é também assessora de imprensa de d. Joaquim Wladimir, bispo de Colatina.
Às quintas-feiras, Fernanda posta um vídeo nas suas redes sociais, com duração de até dez minutos. O roteiro do comentário é bem dinâmico, simples e apresenta alguns aspectos da obra lida por ela, que, claro, não a entrega totalmente para que o leitor não perca o prazer da descoberta. “Espero assim mudar aquela visão de que leitura é algo desinteressante”, desafia-se.
Até agora, a jornalista já publicou sete vídeos com comentários sobre livros como “O Sol Nasce para Todos” (Harper Lee); “Intérprete de Males” (Jhumpa Lahiri); “Hamlet” (Shakespeare) e “Essa Gente” (Chico Buarque), entre outras obras.
Os próximos vídeos já estão sendo preparados, porém ela não revela quais são para não estragar a surpresa. Mas Fernanda dá uma pista e diz que futuramente abordará obras de alguns dos seus autores preferidos - na lista estão Gabriel Garcia Márquez, Mia Couto, Kazuo Ishiguro, Machado de Assis e José Saramago. Ela promete também vídeos mais curtos sem periodicidade definida.
A jornalista vê nos livros uma ferramenta capaz de contribuir para o aprimoramento das virtudes humanas: “Precisamos de pessoas mais criativas, inventivas e empáticas, e a leitura é capaz de abrir as portas para essas três competências humanas”, aposta.
Como um cruzado da literatura, Fernanda acalenta o sonho de libertar os leitores dos grilhões que os impedem de deixar-se seduzir pelos encantos do livro e da literatura. “Minha pretensão máxima é levar as pessoas a lerem. Minha pretensão mínima é, ao menos, instigar a curiosidade delas a respeito da ideia”, diz. Que essa batalha seja vitoriosa.
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