É psicológa, pedagoga e teóloga com doutorado pela PUCSP. Se tornou uma cientista do comportamento para compreender o que move os relacionamentos humanos

Caso Henry: negligência que se transforma em sedução para a morte

Mulheres e homens atuando na existência com função predatória e desalmada. É muito abuso e traição, engano e ingratidão... É a falência de tudo o que faz a vida possível

Publicado em 09/04/2021 às 12h56
Menino Henry Borel
O drama da morte do menino Henry está a um passo de cada um de nós sempre. . Crédito: Reprodução/ @lenielborel

Era dos afetos áridos e desérticos! O amor se esfriou. Realidade visível, não apenas na mídia das desgraças, mas, sobretudo, nos encontros com a maldade e a falta de empatia humana todos os dias.

Mulheres e homens atuando na existência com função predatória e desalmada. É muito abuso e traição, engano e ingratidão... É muita falência de tudo o que faz a vida possível.

Psicopatia desmedida. Não há remédio que nos faça amar? Num dos momentos mais radicais da História da humanidade está destituída de mentes sóbrias, corações limpos, honestos e amantes da paz.

Vemos o diabo no humano!

Estamos atuando num palco de inafetividade, arrogância, implacabilidade, desconsideração, irreverência, frieza, culto ao próprio ego, e, sobretudo, hipocrisia. Não há dia que alguém não reporte coisas que somente podem ser entendidas como manifestação da morte do humano no homem. 

Psicopatologia contagiosa e de atração. Sim, casais psicopatas. Um par atrai o outro. Posto, que quando não é está a realidade, um rompe, aos prantos e se liberta, impondo-se a si sacrifícios de cisão dura e exigível, mas, não ali permanece em doença, em encobrir abusos e crimes.

Na realidade, o drama da morte do menino Henry está a um passo de cada um de nós sempre. Um empurrão nos bons sentimentos, uma transgressão consentida e auto-justificada, uma maldade que vira riso, diminuído pelo descuido com a integridade interna do outro, uma negligência que se transforma em sedução para a morte, um sentimento que se instala como direito de matar, ou uma morte afetiva que sepulta todo poder de amar.

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