Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Natália Gaudio retoma rotina e está motivada para buscar a vaga olímpica

Ginasta participou de período de treinos em Portugal, já voltou às atividades no Estado e agora mira garantir um lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Publicado em 27/09/2020 às 06h00
Atualizado em 27/09/2020 às 06h00
Natália Gaudio treinou um mês em Portugal e já retomou as atividades aqui no Estado
Natália Gaudio treinou um mês em Portugal e já retomou as atividades aqui no Estado. Crédito: Acervo Pessoal

A pandemia do novo coronavírus provocou mudanças drásticas no esporte mundial: a Olimpíada de Tóquio foi adiada, as demais competições interrompidas e os atletas tiveram que evitar até os treinos. Mas pouco a pouco isso vai sendo superada e a rotina volta a se aproximar do “normal”. Essa já é a realidade da ginasta capixaba Natália Gaudio, que após período de treinamentos em Portugal, já retomou suas atividades no Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, em Vitória.

Antes da paralisação das atividades, Natalia Gaudio estava firme nos treinos para disputar uma vaga olímpica, mas viu tudo ter que parar por conta da pandemia. A ginasta lembra que foram momentos difíceis até para se manter motivada, mas também garante que agora está com as baterias recarregadas.

“Durante a pandemia eu continuei treinando dentro de casa, mas foi um período bem difícil porque é muito desmotivante você não ter espaço, não ter um ginásio para treinar. No aspecto psicológico foi bem complicado também. Mas eu tentava pensar positivo todos os dias. Você acaba perdendo aquela, paixão e emoção, pelo treino, pelas competições, porque acaba ficando sem um rumo, sem saber o que vai vir vem pela frente. Depois que vimos que as coisas estavam começando a melhorar e surgiu a Missão Europa, comecei a me animar novamente. E graças a Deus hoje eu sinto que eu tô bem mais motivada”, declarou.

Antes de retomar as atividades aqui no Estado, Natália passou um mês na cidade de Sangalhos, em Portugal, onde participou da Missão Europa, iniciativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para minimizar o período sem treinos dos atletas olímpicos. Vários atletas, e de diferentes modalidades, seguiram para o país europeu que já tinha bom controle dos números do coronavírus e retomaram as atividades.

“Foi um período muito importante. Retornamos da melhor forma possível e com toda a estrutura que a gente precisava. Uma equipe multidisciplinar esteve a nossa disposição e a estrutura era perfeita: sonho para qualquer atleta. Lá tínhamos treinos em dois períodos, foi bem intenso. Foi um privilégio e uma oportunidade maravilhosa em poder voltar nessas condições. Esse período lá reacendeu essa chama, essa vontade de competir, a motivação da competição e dos treinos. Foi incrível”, relatou Natália.

Agora o objetivo da capixaba é manter a intensidade dos treinos para não deixar o ritmo cair. “Nessa semana, graças a Deus, o nosso ginásio voltou a funcionar dentro do novo normal, seguindo todas as medidas de segurança. Ter o ginásio aberto para treinar é maravilhoso. Porque eu vou manter o treinamento que fiz em Portugal. A gente (ela e a treinadora Mônika Queiroz) quer manter esse ritmo que estávamos tendo lá. É muito importante manter esse crescimento. Não podemos perder tudo o que conquistamos nesse mês treinando fora”, pontuou.

DE OLHO NAS OLIMPÍADAS DE TÓQUIO 

Com os treinos já em andamento, agora Natália aguarda a definição das datas das competições nacionais e internacionais, principalmente as que valem uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Certeza mesmo por enquanto, só a motivação da atleta capixaba para buscar uma vaga na Olimpíada.

“As competições classificatórias para as Olimpíadas de Tóquio estão previstas para março, abril e maio do ano que vem. São quatro Copas do Mundo e um Pan-americano. Todas valem vaga na Olimpíada. Nossa maior chance é no Pan, que deve acontecer nos Estados Unidos. Se eu conseguir manter o meu resultado dos Jogos Pan-Americanos Lima, em 2019, que foi o terceiro Lugar geral atrás apenas dos EUA, já garantiria a vaga. Quero manter esse treinamento forte, de alto nível, para chegar lá nas melhores condições.”

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