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Termelétricas no ES: atrasos já fizeram BTG pagar R$ 96 milhões

Banco está investindo em três térmicas no Estado, contrato com governo previa entrega para maio, expectativa é finalizar tudo na semana que vem

Publicado em 07/07/2022 às 16h27
Energia elétrica
Crédito: Carlos Alberto

O Banco BTG Pactual começou a entregar o investimento de R$ 1,1 bi feito em três termelétricas no Espírito Santo: Viana (ampliação de 21%), Linhares (ampliação de 17%) e Povoação (100% nova). Depois de estarem operando, todas movidas a gás natural, serão 148,5 MW a mais de energia no sistema. Somada à capacidade já existente, são 526 MW, o suficiente para abastecer 2 milhões de residências. Cada termelétrica é uma empresa, e o BTG faz o investimento via fundos.

Depois de vários desafios enfrentados ao longo de quase um ano, a ampliação de Viana está pronta, as obras e os testes foram entregues na semana passada. No momento, os executivos da companhia estão finalizando as tratativas com os órgãos reguladores para iniciar a operação. A capacidade dela é de 37,5 MW. No final desta semana as obras da térmica de Linhares deverão ser concluídas. A capacidade da usina será aumentada em 36 MW. A de Povoação, que é nova e fornecerá 75 MW, será finalizada no decorrer da semana que vem.

A entrega dos empreendimentos estanca uma sangria aberta nos cofres dos investidores causada pelas multas dadas pelo governo por conta do atraso na entrega dos projetos. Pelo contrato assinado em outubro do ano passado, no leilão emergencial organizado pelo governo federal no auge da crise energética, a energia contratada deveria começar a ser entregue em 1º de maio, o que não aconteceu. Só no mês passado, por conta do atraso de maio, foram pagos R$ 96 milhões em multas. Por junho e um pedaço de julho haverá uma nova rodada de punições. Tudo previsto em contrato. 

No acordo feito em outubro, o governo privilegiou as empresas que prometiam velocidade, por isso foi pago um valor acima da média. Tudo era para estar pronto em maio, prazo não cumprido. O governo federal, cobrando multa das empresas, concedeu mais três meses. Se as térmicas não colocarem a energia contratada a mais no sistema até agosto, o governo pode romper o contrato e não pagar nada para as companhias. Um baita risco assumido.

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