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COP-27: investidores buscam informações sobre hidrogênio verde no ES

Em sua estada no Egito para a conferência da ONU sobre o clima, o governador Renato Casagrande foi procurado por investidores interessados no ES

Publicado em 18/11/2022 às 03h59
Governador Renato Casagrande participa da Cop27, no Egito
Governador Renato Casagrande participa da COP-27, no Egito. Crédito: Reprodução | Governo do Estado

O governador Renato Casagrande, que participou esta semana da COP-27, conferência climática da ONU realizada em Sharm El Sheikh, Egito, foi bastante demandado por investidores interessados na produção de hidrogênio verde no Espírito Santo. Ainda são contatos iniciais, mas auspiciosos.

Os investidores, de olho na necessidade mundial de mudar a matriz de energia que movimenta principalmente a indústria, estão de olho nas boas possibilidades que surgem para a produção de hidrogênio. O Espírito Santo, como mostra o Atlas Eólico Onshore e Offshore do Espírito Santo encomendado por países europeus, é uma dessas boas possibilidades.

O hidrogênio é um dos elementos mais abundantes da natureza, só que ele não é encontrado naturalmente disponível para ser usado como combustível. Por isso, precisa ser produzido a partir de processos, a chamada eletrólise, que isolam a molécula de hidrogênio. Esse processo de isolamento é que determina se o hidrogênio será sustentável ou não. Se as matrizes para a realização da eletrólise forem renováveis (eólica e solar são), o hidrogênio é considerado uma energia limpa, portanto, verde.

O Espírito Santo também possui importantes reservas de gás natural no seu litoral. O gás natural é visto como um importante combustível de transição. Com ele também é possível fazer eletrólise e produzir o chamado hidrogênio azul.

Os europeus colocaram dinheiro no estudo porque necessitam de energia limpa e sabem que o Brasil tem tudo para ser uma fonte perene. A energia gerada a partir do vento, junto com a solar, é a chave para a obtenção do hidrogênio verde, aposta mundial para reduzir a emissão de gases tóxicos. A Europa tem o compromisso de reduzir em 55%, até 2030, as suas emissões de gases de efeito estufa. Os investimentos que serão realizados nos próximos anos para tirar a transição do papel em todo o planeta chegam aos trilhões de dólares.

Os empreendedores que já apresentaram os projetos no Espírito Santo e agora aguardam uma definição por parte do governo federal sobre o uso da lâmina d'água do mar para a instalação de pás eólicas são: Votu Winds, Geradora Eólica Brigadeiro II, Bluefloat Energy do Brasil e Shell. A julgar pelo apetite demonstrado em Sharm El Sheikh, a lista de investidores vai aumentar. Lembrando que, por já ser um Estado que há décadas produz petróleo e gás offshore, o Espírito Santo já possui uma consolidada cadeia especializada de suprimentos. Isso conta bastante. 

O hidrogênio, na forma de amônia, pode ser transportado em navios para qualquer lugar do mundo.

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