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Lula elogia Congresso, prega conciliação e diz que será reeleito em 2026

Lula elogia Congresso, prega conciliação e diz que será reeleito em 2026

Presidente participa de evento da Petrobras no Rio de Janeiro e diz ter muita gente pensando que seu governo já acabou

Publicado em 4 de julho de 2025 às 15:15

CURITIBA E DUQUE DE CAXIAS - O presidente Lula (PT) fez um aceno ao Congresso Nacional no início da tarde desta sexta-feira (4) ao discursar durante evento da Petrobras e acrescentou que, "se tudo tiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes".

"Sou muito agradecido com a relação que tenho com o Congresso. Até agora, eles aprovaram 90% das coisas que mandamos. No governo de ninguém se aprovou tanta coisa. Sou grato ao Congresso. Quando tem uma divergência é bom. Porque a gente senta na mesa, vai conversar e resolve, em uma mesa de negociação", afirmou.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de Anúncio de Investimentos da Petrobras
Lula participou de Cerimônia de Anúncio de Investimentos da Petrobras Crédito: Ricardo Stuckert / PR

A declaração ocorreu em meio a embates com o Congresso. Lula deverá evitar sancionar o projeto de lei que aumenta dos atuais 513 para 531 o número de deputados federais, aprovado pelo Congresso na semana passada, segundo integrantes do governo e parlamentares governistas.

Lula tem até o dia 16 para sancionar o texto, mas aliados dizem que hoje essa possibilidade está descartada. De acordo com os relatos, são discutidos dois cenários: 1) ele não se pronunciar a respeito da proposta, e o Congresso assim promulgar o texto; 2) o presidente vetar a medida.

Ainda sobre o embate com o Congresso, também nesta sexta-feira (4) o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a suspensão dos decretos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A medida suspende tanto as normas editadas pelo presidente Lula, quanto o decreto legislativo aprovado pelo Congresso.

Moraes também designou a realização de uma audiência de conciliação no próximo dia 15, às 15h, na sala de audiências do tribunal com os envolvidos no caso. O encontro tem o objetivo de buscar uma saída negociada para a crise envolvendo a elevação das alíquotas do IOF.

Deverão estar presentes as presidências da República, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além da PGR (Procuradoria-Geral da República), AGU (Advocacia-Geral da União) e as demais partes na ação.

Enquanto não houver uma definição na conciliação entre governo e Congresso ou uma nova decisão do STF, os aumentos do IOF propostos pelo governo continuam suspensos. Após a reunião, segundo a decisão do ministro, será analisada a necessidade de manutenção da medida liminar concedida.

No discurso desta sexta-feira (4), o presidente em seguida falou sobre 2026, quando deve disputar a reeleição em outubro.

"Não quero nervosismo porque só tenho um ano e meio de mandato, e tem gente que pensa que o governo já acabou. Tem gente que já está pensando em eleição. Eles não sabem o que eu estou pensando. Se preparem, se tudo estiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes", continuou, para aplausos da plateia.

O presidente esteve na Refinaria Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, para cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras nas áreas de refino e petroquímica.

A estatal fala em R$ 33 bilhões em obras na Reduc, no Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj) e em uma fábrica petroquímica da Braskem também localizada em Duque de Caxias.

Os projetos já haviam sido anunciados pela estatal, mas a empresa resolveu relançá-los sob a forma de um pacote de investimentos para garantir mais um palanque ao presidente da República, que luta contra a baixa popularidade.

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