Ao quebrar, ainda que com poucas palavras, o silêncio que manteve enquanto o filho, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), não definia se disputaria ou não o governo do Estado, o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) endossou nesta segunda-feira (16) a decisão do tucano de não entrar no páreo. "Estou solidário com o meu filho. Em nome do pai, do filho e do Espírito Santo", afirmou. "Ele (Ricardo) está com juízo o bastante para fazer a escolha dele", complementou o experiente parlamentar.
Se Ricardo Ferraço topasse ser o candidato governista, após o governador Paulo Hartung (MDB) anunciar que não vai tentar a reeleição, era dada como certa a ida do DEM de Theodorico para a aliança palaciana. Questionado sobre se a sigla pode se postar ao lado de outro nome cotado pelo grupo, o do também tucano César Colnago, atual vice-governador, Theodorico voltou a fazer mistério, aos risos:
"Sobre isso, continuo mudo por ordem do Padre Olívio". Padre Olívio é uma espécie de "conselheiro espiritual" que o deputado resolveu evocar. O padre, segundo ele, era milagreiro e já faleceu.
Já quanto às conversas com o PSB do ex-governador Renato Casagrande, postulante ao governo do Estado que declarou a pré-candidatura ainda no final de março, Theodorico diz que o diálogo prossegue. "Sempre conversei com ele, não tem problema nenhum, mas só vamos decidir mais para frente. A nossa convenção será no dia 1º (de agosto). Somos um partido democrático, todos serão ouvidos. O partido não tem dono", finalizou.
DEFINIÇÃO
Ricardo Ferraço foi o segundo nome debatido pelo bloco governista, formado por dez partidos, a decidir não concorrer ao governo do Estado e sim manter a pré-candidatura ao Senado. O deputado estadual Amaro Neto (PRB), até então também cotado, fez o mesmo, oficialmente, no último sábado (14).
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