Publicado em 24 de junho de 2025 às 06:45
Equipes tentam resgatar a brasileira Juliana Marins, 26, que caiu em um penhasco no entorno do vulcão Rinjani, na Indonésia, segundo o Ministério das Relações Exteriores. A mulher está presa no local, desde sexta-feira (20). >
A formação geológica tem 3.726 metros de altura e fica localizado na ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância da capital, Jacarta.>
Juliana fazia uma trilha e o percurso tinha previsão de durar até domingo (22). Os trabalhos para retirá-la do local são dificultados pelas condições climáticas e pelo terreno. A operação já foi paralisada duas vezes.>
Entenda o que se sabe, até agora, sobre o resgate de Juliana:>
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Condições meteorológicas e terreno ruins>
A região do vulcão Rinjani é de difícil acesso pelo terreno rochoso e irregular. Ainda há muita umidade, favorecendo a formação de neblina e deixando as pedras escorregadias, o que dificulta o resgate. Nos últimos dias, também chove muito na localidade.>
Essa situação já resultou na interrupção do resgate por duas vezes.>
Operação com cordas>
Toda a operação para salvar Juliana é feita por alpinistas. Eles tentam fixar uma base no penhasco e usar cordas de 450 metros para alcançar a brasileira -a cerca de 500 metros abaixo da trilha.>
A fixação de uma estrutura, porém, é dificultada pelo clima.>
Uso de helicóptero>
A equipe de salvamento cogita usar um helicóptero para chegar à brasileira. O uso da aeronave, porém, é visto como perigoso pela baixa visibilidade. Por isso, deve ser a última opção, acionada se o resgate ultrapassar as 72 horas, delimitadas como críticas para a sobrevivência em situações extremas.>
Segundo relatos de familiares da vítima, o uso do equipamento também está sendo dificultado pelas autoridades locais, que até agora não teriam fornecido uma modelo.>
Próximos passos>
Após serem interrompidas na manhã desta segunda (23), as buscas por Juliana Marins, 26, já estão sendo retomadas.>
Conforme o Itamaraty, funcionários da embaixada brasileira na capital Jacarta vão acompanhar os trabalhos no local. Na região, também estão membros de equipes locais, que detém conhecimento específico do terreno e condições climáticas da área.>
Na noite de domingo (22), Brasília pediu ao governo indonésio que reforçasse as buscas. O embaixador do Brasil em Jacarta ainda entrou em contato com os diretores da Agência de Busca e Salvamento e da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia.>
A trilha seguida pela publicitária brasileira Juliana Marins até o vulcão Rinjani, na Indonésia, é uma das mais populares do país asiático. A 3.726 metros de altitude, o monte está localizado na ilha de Lombok e é o segundo maior do país.>
A trilha ao vulcão teria duração de três dias e duas noites, de 20 a 22 de junho, e foi programada com uma agência local, segundo Mariana Marins, irmã de Juliana.>
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a publicitária está em um mochilão pela Ásia desde o final de fevereiro deste ano.>
A vista de cima do vulcão Rinjani é uma das principais atrações do Parque Nacional do Monte Rinjani, área preservada de 41 mil hectares que atrai turistas de todo o mundo. Dentro do monte, a caldeira do vulcão, com mais de 50 quilômetros quadrados, guarda o lago Segara Anak, uma fonte termal natural.>
É possível chegar ao local por duas cidades, Senaru e Sembalum.>
Para fazer a trilha, os visitantes precisam de um alto nível de preparo físico, diz o parque, acrescentando, em sua página oficial, que visitantes já morreram por não seguirem as recomendações e preparos sugeridos.>
No site oficial, o Parque Nacional do Monte Rinjani diz que a HPI (Associação de Guias Licenciados, em português) emite certificação para os guias do Monte Rinjani, no entanto, ressalta que o padrão de certificação e o treinamento exigido para os profissionais locais não são tão rigorosos quanto outros países.>
"Acidentes graves, incluindo fatalidades, ocorrem em trilhas no Rinjani conduzidas por esses guias">
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