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Criador do app 'Monitora Covid-19' morre na Paraíba após contrair a doença

Criador do app "Monitora Covid-19" morre na Paraíba após contrair a doença

O analista de sistemas e administrador paraibano Fábio Tadeu Guimarães, 47, morreu no sábado passado (8) contaminado pelo novo coronavírus

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 17:02

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Mulher de máscara facial em casa olhando o celular
Mulher de máscara facial em casa olhando o celular. (Freepik)

Um dos idealizadores do aplicativo Monitora Covid-19, o analista de sistemas e administrador paraibano Fábio Tadeu Guimarães, 47, morreu no sábado passado (8) contaminado pelo novo coronavírus.

Ele passou 26 dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital particular de João Pessoa.

Os primeiros sintomas da doença apareceram logo após algumas visitas profissionais que Guimarães fez a um hospital de campanha montado em Paulista, na região metropolitana do Recife, para implantação de um sistema desenvolvido por sua empresa para monitoramento de pacientes.

Diretor de tecnologia da empresa Novetech, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo que registra informações de pessoas com sintomas da doença e viabiliza atendimentos de maneira remota, trabalhava também em parceria com membros do comitê científico do Consórcio Nordeste.

Desde o início da pandemia, 140 mil atendimentos foram realizados a partir do acesso de pacientes ao Monitora Covid-19. Os governos estaduais de Paraíba, Piauí, Alagoas, Maranhão e Bahia disponibilizam profissionais médicos que ficam interligados diretamente ao programa desenvolvido por Guimarães e sua equipe.

O código do aplicativo foi viabilizado para o comitê sem qualquer tipo de custo. Nas redes sociais, o neurocientista Miguel Nicolelis, um dos coordenadores do comitê científico do Consórcio Nordeste, disse que o paraibano foi um herói no combate ao coronavírus.

"Estamos todos abalados com a perda de um grande amigo e colaborador inestimável", postou Nicolelis.

Sócio de Fábio por seis anos, o diretor comercial da Novetech, Antônio Carlos Magalhães, declarou que o amigo participava ativamente do coletivo que fazia análise de dados da Covid-19 para a sala de situação do comitê científico que assessora governadores nordestinos durante a pandemia.

"Era um cara que gostava de ajudar as pessoas. Estava nessa batalha contra o coronavírus", afirmou.

Magalhães declarou que o primeiro sintoma apresentado pelo analista foi febre alta. "Ele havia visitado um hospital de campanha em Paulista (PE) para implementação do sistema que nossa empresa desenvolveu. Depois, teve febre por uns três dias. O quadro se agravou e teve que ir para UTI."

Fábio Tadeu Guimarães deixa esposa e dois filhos.

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