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Covid-19: Anvisa aprova uso emergencial de remédio da Pfizer

Covid-19: Anvisa aprova uso emergencial de remédio da Pfizer

A Anvisa ressaltou que o medicamento não substitui a vacina, que continua sendo "a melhor estratégia para evitar a infecção pelo novo coronavírus, as hospitalizações e os óbitos

Publicado em 30 de março de 2022 às 18:09

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SÃO PAULO - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (30) a autorização temporária de uso emergencial do antiviral Paxlovid, produzido pela Pfizer. O medicamento é indicado para o tratamento de adultos que "não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado" de desenvolvimento da forma grave da doença.

"Todos os processos de medicamentos e vacinas contra a Covid-19 submetidos à Agência foram exaustivamente avaliados por uma equipe multidisciplinar de servidores públicos que empenharam todos os seus esforços para que, no Brasil, fosse dado acesso a diferentes vacinas e tratamentos", ressaltou a diretora e relatora do processo, Meiruze Freitas.

A diretora também ressaltou que o medicamento não substitui a vacina, que continua sendo "a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos".

O medicamento é um antiviral de uso oral composto por duas substâncias (nirmatrelvir e ritonavir). Estudo apresentado pela empresa aponta que ele reduziu em 89% o número de hospitalizações e mortes.

O pedido de liberação para uso emergencial foi apresentado à Agência pela Pfizer em 16 de fevereiro. Na decisão de aprovação, a Anvisa explicou que o remédio não deve ser usado em casos graves ou críticos da doença, nem como profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da doença.

Remédio da Pfizer poderá ser usado no Brasil em infecções de Covid
Remédio da Pfizer poderá ser usado no Brasil em infecções de Covid. (Pfizer/Divulgação)

O Paxlovid também não deve ser usado por mais de cinco dias. Paciente com insuficiência renal grave ou falha renal, e mulheres grávidas também não devem tomar o remédio. É recomendado, ainda, que seja evitada a gravidez durante o tratamento e até sete dias após o término. Além disso, o medicamento deve ser acompanhado de explicação do farmacêutico ao usuário sobre a dosagem, modo de uso e possíveis efeitos.

Também é necessário explicar ao paciente que o tratamento é individual e exclusivo do paciente que passou por consulta médica e recebeu a prescrição

O Paxlovid já foi aprovado por agências reguladoras internacionais dos EUA e Europa e já é usado em outros países, como Canadá, China, Austrália, Japão e México. A FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos nos Estados Unidos, na sigla em português), recomendou que a medicação seja administrada para pessoas de 12 anos ou mais, que tenham ao menos 40 kg, e apresentem quadro leve da doença, mas com risco de evolução para casos graves.

Outros medicamentos já aprovados pela Anvisa

  • Evusheld

Coquetel de anticorpos monoclonais desenvolvido pela AstraZeneca, anteriormente conhecido como AZD7442. Recebeu aprovação da Anvisa em fevereiro, mas não possui estoque no País. A farmacêutica informou que o preço do remédio deve ser definido na próxima semana. Acrescentou estar em contato com o Ministério da Saúde sobre a possibilidade de incorporar o produto no SUS e com alguns grupos hospitalares.

  • Regdanvimabe

Anticorpo monoclonal produzido pela Celltrion Healthcare. Desenvolvido especificamente para o tratamento da doença, deve ser administrado em até sete dias após o início dos sintomas. Possui estoque no País. Baricitinibe Inibidor seletivo produzido pela Eli Lilly. Recebeu parecer inicial favorável da Conitec e está avançando para ser disponibilizado pelo SUS em tratamentos para Covid-19.

  • Remdesivir

Antiviral injetável fabricado pela Gilead, tem benefício marginal no controle do vírus. Possui custo elevado. Conitec recomendou a não incorporação pela rede pública em setembro do ano passado.

Outros medicamentos que foram aprovados pela Anvisa para tratar a Covid, mas que não foram incorporados para tratamento na rede pública: Sotrovimabe (produzido pela GSK) e Regn-Cov2 (fabricado pela Regeneron em parceria com a Roche). O Xeljanz (Banlanivimabe e etesevimabe), da Pfizer, foi aprovado em abril.

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