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Conselho de Medicina do Rio lança manual para orientar grávidas na pandemia

Conselho de Medicina do Rio lança manual para orientar grávidas na pandemia

O Manual para as Mamães, voltado para gestantes e puérperas está disponível em formato digital para facilitar o compartilhamento

Publicado em 17 de junho de 2021 às 18:13

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Mulher grávida; Grávida; Gestante; máscara; Covid-19
O guia destaca a importância de manter a vacinação em dia, de praticar atividades físicas adequadas para o período de gravidez e de tomar todos os cuidados sanitários recomendados. (PVProductions/Freepik)
Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) lançou um guia com orientações para a proteção no período gestacional e no pós-parto, em meio à pandemia de covid-19. Autarquia responsável pela fiscalização e apoio ao exercício profissional da medicina no estado, o Cremerj esclarece, por exemplo, como proceder no caso de consultas e exames pré-natal.

O Manual para as Mamães, voltado para gestantes e puérperas está disponível em formato digital para facilitar o compartilhamento. O guia destaca a importância de manter a vacinação em dia, de praticar atividades físicas adequadas para o período de gravidez e de tomar todos os cuidados sanitários recomendados, adotando medidas como o uso de máscaras, a higienização adequada das mãos e o distanciamento social.

"Estamos todos acompanhando as notícias sobre a vacina contra a covid-19, mas temos que lembrar que existem outras vacinas que são importantíssimas na gestação, como a da gripe e a tríplice bacteriana (dTpa)", diz o presidente do Cremerj, Walter Palis, que é ginecologista e obstetra. Segundo Palis, as visitas ao médico para consultas de pré-natal devem ser mantidas, adotando os cuidados sanitários.

"Desde o início, houve a recomendação para que as gestantes passassem a trabalhar de casa, em home office. As grávidas aparecem como pacientes com maior risco para desenvolver a doença [covid-19] de forma grave. Preocupados com isso, fizemos um guia para a sociedade, que usa linguagem acessível a todos e é bem didático", afirmou.

DADOS

Dados compilados pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 justificam a preocupação dos médicos. A média semanal de mortes de grávidas e puérpera  por covid-19 mais que dobrou em 2021 na comparação com 2020.

"Gravidez não é doença, mas é uma condição fisiológica em que há diminuição da resposta imunológica. As gestantes têm maior predisposição à gripe, têm algumas infecções oportunistas com mais frequência do que a população em geral. Ao iniciar a gravidez, o organismo da mulher registra alterações em sua atividade, porque no útero passa a existir um componente biológico que é metade geneticamente ligado à mãe e metade ligada a um ser estranho àquele ambiente, que é o pai. Então, é natural que se reduza a resposta imunológica. Por isso, o organismo pode se tornar um terreno fértil para o avanço da covid-19", explicou o médico.

De acordo com Palis, esta não é a primeira ação do Cremerj visando à proteção de grávidas e puérperas durante a pandemia. No último mês, a autarquia defendeu a inclusão de grávidas e puérperas no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19. Há duas semanas, o Ministério da Saúde aprovou essa inclusão. No município do Rio de Janeiro, já podem ser imunizadas gestantes a partir de 18 anos que tenham alguma comorbidade como diabetes, doenças pulmonares, hipertensão, doença cardíaca e obesidade.

DISTANCIAMENTO SOCIAL

Manter o distanciamento social é outra recomendação destacada no manual. A gestante deve evitar sair para fazer compras, inclusive em shopping centers, e dar preferência às compras online para  adquirir o enxoval. Eventos presenciais, como chás de bebê, também devem ser evitados e podem ser realizados em formato online.

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Na internação, seja para o parto ou para alguma intercorrência, não é recomendada a presença de grande número de pessoas. “Os próprios hospitais já não permitem visitas de forma ostensiva. Está tudo mais restrito. Após a alta e a volta para casa, é claro que a chegada da criança é sempre motivo de festa, mas pedimos que isso seja postergado ou, pelo menos, que seja bem restrito ao nicho familiar", aconselha Walter Palis.

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