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Bombeiros encontram corpo de promotora de eventos morta em São Paulo

Bombeiros encontram corpo de promotora de eventos morta em São Paulo

Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, ex-companheiro de Amanda Caroline de Almeida, foi preso. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse ter jogado o corpo da vítima no rio Tietê

Publicado em 29 de maio de 2025 às 12:58

Amanda Caroline de Almeida estava desaparecida desde o dia 19. O corpo dela foi encontrado  na barragem Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo
Amanda Caroline de Almeida estava desaparecida desde o dia 19 Crédito: Reprodução | Redes sociais

O Corpo de Bombeiros encontrou na manhã desta quinta-feira (29) o corpo da promotora de eventos Amanda Caroline de Almeida, 31, que estava desaparecida desde o dia 19. O corpo estava na barragem Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, envolto em um lençol. De acordo com os bombeiros, uma pessoa passava pelo local, viu o corpo e acionou a corporação.

O corpo foi reconhecido pelo irmão da vítima. As buscas haviam sido interrompidas na terça-feira (27), após seis dias. Segundo a corporação, as buscas foram encerradas após avaliação técnica, conforme protocolos operacionais.

Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, 35, ex-companheiro dela, foi preso sob suspeita de ter matado Amanda. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse ter jogado o corpo no rio Tietê, em Osasco. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Carlos Eduardo.

Amanda e Carlos Eduardo tiveram um relacionamento por 16 anos e três filhos, uma adolescente de 16 anos e dois meninos, de 7 e 5. Eles estavam separados havia quase dois meses. No último dia 18, segundo o boletim de ocorrência, Amanda havia saído com a filha, uma sobrinha e uma amiga e encontrou um ex-namorado dos tempos de adolescência. Por volta das 23h, ela pediu carona a ele para deixar a filha na casa do pai.

Esse homem contou à polícia que levou Amanda para a casa dele, onde passaram a noite. Por volta das 7h de segunda, ao deixar Amanda na casa dela, viram o carro de Carlos Eduardo parado na porta. Ela pediu para que o homem parasse em outra rua, pois temia que Carlos Eduardo fizesse alguma coisa contra ela.

Ainda de acordo com o registro policial, Amanda teria contado a esse homem que havia se separado porque tinha sido agredida fisicamente pelo ex-companheiro, cerca de um mês e meio antes, e que não sabia lidar com ele. Contou que não registrou boletim de ocorrência por causa dos filhos.

Uma prima da vítima contou em depoimento que Amanda sofria violência doméstica e apresentou fotos dela com hematomas no rosto e pescoço. Carlos Eduardo foi ouvido na presença da advogada e, inicialmente, negou envolvimento no desaparecimento. Disse que o carro estava na porta da casa de Amanda porque havia apresentado problemas mecânicos depois de ter ido até o local.

A polícia, porém, conseguiu imagens de câmera de monitoramento que mostram dois homens, um com as características dele, entrando no imóvel, e depois saindo com um volume, que seria compatível com um corpo humano, enrolado em um cobertor, que foi colocado no porta-malas do veículo.

Ainda segundo a polícia, Carlos Eduardo, então, confessou ter matado Amanda por asfixia e jogado o corpo no rio Tietê. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Carlos Eduardo confessou que a outra pessoa que aparece na imagem é seu irmão, chamado Henrique, 38. Ambos foram detidos e conduzidos ao 4º Distrito Policial da cidade e, posteriormente, encaminhados para audiência de custódia, onde tiveram a prisão preventiva (sem prazo) decretada.

A SSP afirmou que o caso foi registrado como feminicídio e ocultação de cadáver.

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