Publicado em 24 de julho de 2025 às 14:36
BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um culto na manhã desta quinta-feira (24) e chorou com a pregação de sua esposa, Michelle Bolsonaro.>
Bolsonaro está de tornozeleira eletrônica e com outras medidas cautelares impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como restrição de horário e proibição de deixar sua residência aos finais de semana.>
Enquanto ocorria o culto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, respondeu aos advogados de Bolsonaro e decidiu afastar eventual prisão preventiva neste momento, mesmo após considerar que o político descumpriu medidas cautelares impostas pela corte.>
O ex-presidente participou do culto na Igreja Casa da Benção, em Taguatinga (DF), ao lado do senador Magno Malta (PL-ES) e do filho Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú (SC). Mais novo de seus quatro filhos homens, ele está acompanhando o pai ao menos desde o início da semana.>
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A Casa da Benção é uma igreja evangélica tradicional em Taguatinga, que passou por um escândalo em 2010, envolvendo o ex-governador José Roberto Arruda.>
Pastores da igreja com mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal foram flagrados em vídeo com o que ficou conhecido como "oração da propina", em que agradeciam recebimento dos recursos ilícitos.>
Em sua fala, a ex-primeira-dama falou haver censura contra o marido e disse que Deus está no comando. Bolsonaro, que estava na primeira fileira, chorou.>
Moraes afirmou que, em discurso na Câmara dos Deputados, Bolsonaro voltou a instigar apoiadores contra as medidas impostas pelo Supremo. A replicação da fala do ex-presidente pelo filho Eduardo Bolsonaro (PL) nas redes sociais foi caracterizada pelo ministro como um "ilícito modus operandi" na tentativa de obstrução de Justiça.>
Na decisão, o ministro diz que Bolsonaro não está proibido de dar entrevistas ou discursos públicos. Segundo Moraes, o veto está relacionado à "utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas".>
Moraes entende que as declarações de Bolsonaro são previamente definidas para repercutirem nas redes sociais de forma coordenada. Essa estratégia, na visão do ministro, seria uma forma do ex-presidente burlar a decisão do STF que o proibiu de usar redes sociais.>
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