Autor(a) Convidado(a)
É psicólogo clínico, professor e palestrante

Se for preciso parar uma cidade inteira para salvar uma vida, que a gente pare

Eis um convite para pensarmos sobre nossas prioridades e valores. Afinal, vivemos em uma sociedade que se move em um ritmo implacável voltado para metas, prazos e resultados, ignorando a vida, sonhos e afetos que residem em cada um de nós

  • Alexandre Vieira Brito É psicólogo clínico, professor e palestrante
Publicado em 17/08/2023 às 15h28
Mãos dadas contra a violência doméstica
Apoio. Crédito: Skeeze/Pixabay

Quando paramos o fluxo de uma cidade para salvar uma vida em risco em cima de uma ponte, muitos demonstram arrogância e se esquecem da ponte que há entre nós. Da ponte que há em nós. Dos nossos nós!

Parar para cuidar!

Saúde mental é um problema de saúde pública, uma questão de saúde coletiva. É um sofrimento, e mesmo o desejo de eliminar tudo visando eliminar uma dor não é exclusividade de poucos.

Parar para entender!

Não é para chamar a atenção! Não é falta de Deus! Não é fingimento ou exagero!

Parar para respeitar!

Eis um convite para pensarmos sobre nossas prioridades e valores. Afinal, vivemos em uma sociedade que se move em um ritmo implacável voltado para metas, prazos e resultados, ignorando a vida, sonhos e afetos que residem em cada um de nós.

Parar para amar!

A empatia, a solidariedade e a compaixão são modos de se afetar com o outro e respeitar as batalhas invisíveis que cada um vive todos os dias.

Parar para respirar!

É um apelo para desacelerar e olhar ao redor, ver beleza onde todos veem apenas rotina.

Parar para transformar!

Não é apenas sobre interromper o fluxo do tempo, dos espaços, mas sobre interromper nossa própria pressa, nosso egoísmo e nossos distanciamentos.

Parar para salvar!

Por horas ou por alguns minutos, parar pode fazer toda a diferença na vida de alguém que está sofrendo. E não é apenas sobre o outro. É um ato de cuidado de si também, pois somos pontes e nos atravessamos o tempo todo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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