Quando paramos o fluxo de uma cidade para salvar uma vida em risco em cima de uma ponte, muitos demonstram arrogância e se esquecem da ponte que há entre nós. Da ponte que há em nós. Dos nossos nós!
Parar para cuidar!
Saúde mental é um problema de saúde pública, uma questão de saúde coletiva. É um sofrimento, e mesmo o desejo de eliminar tudo visando eliminar uma dor não é exclusividade de poucos.
Parar para entender!
Não é para chamar a atenção! Não é falta de Deus! Não é fingimento ou exagero!
Parar para respeitar!
Eis um convite para pensarmos sobre nossas prioridades e valores. Afinal, vivemos em uma sociedade que se move em um ritmo implacável voltado para metas, prazos e resultados, ignorando a vida, sonhos e afetos que residem em cada um de nós.
Parar para amar!
A empatia, a solidariedade e a compaixão são modos de se afetar com o outro e respeitar as batalhas invisíveis que cada um vive todos os dias.
Parar para respirar!
É um apelo para desacelerar e olhar ao redor, ver beleza onde todos veem apenas rotina.
Parar para transformar!
Não é apenas sobre interromper o fluxo do tempo, dos espaços, mas sobre interromper nossa própria pressa, nosso egoísmo e nossos distanciamentos.
Parar para salvar!
Por horas ou por alguns minutos, parar pode fazer toda a diferença na vida de alguém que está sofrendo. E não é apenas sobre o outro. É um ato de cuidado de si também, pois somos pontes e nos atravessamos o tempo todo.
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