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É sociólogo, mestre em Ciências Sociais (Ufes) e subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas.

Rede Abraço:  cuidado com quem sofre com o uso de álcool e outras drogas

Programa realiza um trabalho de reinserção social dos atendidos, visando o fortalecimento de vínculos, a promoção da cidadania, a elevação de escolaridade e a qualificação profissional para o mundo do trabalho.

  • Carlos Augusto Lopes É sociólogo, mestre em Ciências Sociais (Ufes) e subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas.
Publicado em 26/01/2022 às 14h13

A problemática da drogadição na sociedade é um fenômeno complexo que exige respostas laboriosas. É necessário abandonar os preconceitos e praticar a empatia. É preciso superar negligências e generalizações fetichizadas para unir forças e mudar realidades.

E é essa a premissa do Programa Estadual de Ações Integradas sobre Drogas - Rede Abraço. O programa do Governo do Estado do Espírito Santo visa à promoção de bem-estar e de cuidado a pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas e aos seus familiares. Coordenado pela Subsecretaria de Estado de Políticas sobre Drogas (SESD), a Rede Abraço começou sua reestruturação em 2019 e passou a ser sustentada em quatro eixos: prevenção, tratamento, reinserção social e estudos, pesquisas e avaliações.

O programa preza pela autonomia do indivíduo. Diariamente, diversas pessoas procuram, de forma voluntária, o Centro de Acolhimento e Atenção Integral sobre Drogas (CAAD), localizado em Vitória. Lá eles são atendidos por médicos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e técnicos de enfermagem. Desde 2019, o local já recebeu mais de 7 mil cidadãos e realizou mais de 32 mil atendimentos. Em breve dois novos centros serão abertos no Sul e Norte Capixaba.

A Rede Abraço realiza encaminhamentos para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), para hospitais gerais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para as Comunidades Terapêuticas Credenciadas - entidades que realizam acolhimentos em regime residencial transitório - e também para serviços de assistência social (SUAS). Há de se ressaltar que, de acordo com a Lei 13.840/2019, são vedadas internações em comunidades terapêuticas. As internações (voluntárias, involuntárias e compulsórias) são realizadas no âmbito da saúde por hospitais e clínicas.

É importante destacar que as comunidades credenciadas pela Rede Abraço cumprem uma série de diretrizes, tais como equipe multidisciplinar, projeto terapêutico, estrutura física adequada, habilitação jurídica, regularidade fiscal e alvarás da Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros. Elas são fiscalizadas periodicamente pela Comissão de Fiscalização, formada por servidores da SESD.

Também é sabido que o uso de álcool e drogas interfere na vida social e profissional do indivíduo. Muitos veem a relação com a família, amigos e colegas de trabalho ser comprometida. Por isso, a Rede Abraço realiza um trabalho de reinserção social dos atendidos, visando o fortalecimento de vínculos, a promoção da cidadania, a elevação de escolaridade e a qualificação profissional para o mundo do trabalho.

O programa também apoia outras iniciativas no campo da política de drogas. Por meio de editais, são fomentadas boas práticas de prevenção e reinserção social desenvolvidas pela sociedade civil, além de projetos de cuidado em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

A Rede Abraço é uma rede de esperança. Com um conjunto de ações articuladas, o Governo do Espírito Santo deseja auxiliar o cidadão a reescrever a sua história e a construir novos caminhos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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