O Instituto Capixaba de Pesquisa Agropecuária, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foi criado em 16 de novembro de 1956, como primeiro serviço público de apoio às famílias do campo. Nessa trajetória, tivemos: Acares (1956), Emcapa (1973), Emater (1975), Emcaper (1999) e o atual Incaper (2000). São exatos 67 anos, 51 dos quais dediquei toda minha vida profissional ao setor público agrícola capixaba, em dedicação exclusiva. Daí poder testemunhar que a sociedade capixaba tem motivos de sobra para se orgulhar dessa trajetória institucional de 67 anos.
A Extensão Rural foi a executora, entre 60/70, da política de erradicação e renovação dos cafezais e, em 1968, foi a principal apoiadora da fundação do Mepes, com suas Escolas Família Agrícola/EFAS. A Emcapa, em 1990, assumiu a pesquisa com o café, após extinção do IBC, e criou o primeiro Centro de Referência de Pesquisa em Agroecologia no Brasil.
Na pandemia, contribuiu para evitar o desabastecimento, através da criação de novos canais de vendas, aplicativos e grupos de WhatsApp, avançando nas entregas em domicílio e aproximando o campo da cidade.
A ação do Incaper é diferenciada: é pública; está presente em todos os municípios capixabas; única instituição de ciência e tecnologia do ES; seus servidores residem nos municípios, vivendo o dia a dia das comunidades.
O seu público preferencial é formado por agricultores familiares, que representam a base econômica de quase 80% dos municípios capixabas e cerca de 75% dos estabelecimentos agropecuários.
O atual governador tem cumprido seu compromisso de reconstruir o Incaper, apesar das dificuldades decorrentes da pandemia. Assim, iniciou designando gestores mais técnicos e conhecedores do Sistema Seag, seguido da elaboração de novo Planejamento Estratégico - 4º Pedeag, como o mais completo documento norteador para o futuro da agropecuária estadual.
Somam-se a isso os robustos investimentos na infraestrutura rural, renovação de frotas e equipamentos de informática, além dos concursos públicos e aumento dos orçamentos para custeio e investimentos.
Portanto, muito já se fez, mas há ainda desafios a superar, como melhorar a remuneração dos servidores, seguir recompondo a força de trabalho, avançar nas parcerias e na ATER digital, garantir sustentabilidade ambiental e minimizar os efeitos do aquecimento global.
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