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É engenheiro ambiental e conselheiro da Associação dos Profissionais de Engenharia Ambiental do Espírito Santo (Apea)

Pequenas e médias empresas podem e devem se aproximar da agenda ESG

Como benefícios, elas poderão desfrutar de uma melhor reputação e uma maior visibilidade, garantindo a sustentabilidade e perenidade das operações onde estão instaladas. Já não é apenas a coisa certa a fazer – é também uma jogada inteligente

  • André Rocha É engenheiro ambiental e conselheiro da Associação dos Profissionais de Engenharia Ambiental do Espírito Santo (Apea)
Publicado em 06/06/2022 às 11h59

No ano de 2021, em comparação com 2020, aumentaram em mais de 150% as buscas realizadas por brasileiros no Google pelo termo ‘ESG’. A sigla que, em inglês, significa Environmental, Social and Corporate Governance (Governança Ambiental, Social e Corporativa), refere-se às práticas adotadas pelas empresas para minimizar seus impactos ambientais e construir relações sociais mais justas com seus colaboradores e com a sociedade.

Como grandes atores no cenário mundial, as corporações estão sendo demandadas para liderar o caminho para um futuro mais sustentável e melhor para todos nós. De acordo com um relatório recente da PwC, as questões ESG estão entre as principais prioridades dos CEOs em todo o mundo, juntamente com prioridades de longa data, como crescimento de receita e retenção de talentos.

Essa movimentação, mais direcionada pelos grandes agentes do mercado, faz prevalecer uma percepção de que resolver problemas sociais e ambientais, ao mesmo tempo em que se organiza a governança corporativa, é uma empreitada complexa e cara, ao alcance apenas das grandes corporações e investidores.

No entanto, em pequenas e médias empresas também são aplicáveis os pontos da agenda ESG. Visto que o conjunto de mecanismos adotados por uma organização com o objetivo de assegurar a longevidade do negócio, promovendo a geração de valor para a sociedade em geral e de retorno financeiro para os sócios, é válido para qualquer empresa, independentemente da dimensão e natureza da atividade econômica.

Sendo assim, não é só possível como urgente o estreitamento da agenda ESG junto às pequenas e médias empresas. Como benefícios, elas poderão desfrutar de uma melhor reputação e uma maior visibilidade frente aos clientes, garantindo a sustentabilidade e perenidade das operações onde estão instaladas, diminuindo riscos operacionais e organizacionais. Já não é apenas a coisa certa a fazer – é também uma jogada inteligente de negócios.

Nossa sociedade, em especial a parcela mais jovem, cada vez mais adota uma postura preocupada com o impacto que o consumo causa no planeta, o que obriga muitas empresas a se reinventarem diante dessa pressão.

Mais do que nunca, é necessário que os gestores visualizem os ganhos de eficiência possibilitados por essas práticas e, consequentemente, de competitividade, e o fortalecimento institucional de longo prazo. Só assim alcançaremos o objetivo de termos o desenvolvimento econômico em harmonia com o meio ambiente e com a justiça social.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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