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Moacyr é graduando em Direito pela FDV. Rhiani é professor de Direito Ambiental da FDV Doutor em Direito Ambiental Internacional.

Lideranças corporativas precisam ser mais audaciosas com movimentos ESG

Empresas que adotam o modelo de sustentabilidade pautado na Agenda 2030 ganham papel de destaque e melhores condições de solvência

  • Moacyr Pimentel de Figueiredo Côrtes e Rhiani Salamon Reis Riani Moacyr é graduando em Direito pela FDV. Rhiani é professor de Direito Ambiental da FDV Doutor em Direito Ambiental Internacional.
Publicado em 16/08/2022 às 15h43

Vivencia-se uma década de desafios, marcada por pandemia, emergência climática, crise alimentar e guerra. Além disso, inicia-se a contagem regressiva para a efetividade dos 17 objetivos e 169 metas da Agenda 2030 da ONU, denominada de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para tanto, a cooperação e a governança multiatores são mecanismos fundamentais para o enfrentamento dos problemas socioambientais e construção do desenvolvimento sustentável global. Nesse contexto, insere-se a participação das empresas.

O mercado financeiro sempre foi um indutor de movimentos e de transformações no setor empresarial. Com o passar dos anos, principalmente, no século XXI, as decisões de investimento do mercado financeiro foram movidas por uma preocupação com a sustentabilidade, que permeia as dimensões ambiental, social e governança corporativa, denominadas ESG (Environmental, Social and Governance).

Essa preocupação refere-se aos riscos que os problemas socioambientais trazem para a saúde dos negócios. Tanto que, em 2020, o “Bank of International Settlements” publicou o estudo “The Green Swan” e demonstrou o risco de uma crise financeira relacionada aos problemas ambientais decorrentes das mudanças climáticas.

Todo investimento exige uma análise minuciosa de riscos e conformidades. A vantagem competitiva e a solvência das empresas exigem, atualmente, estratégias de negócios voltadas para a incorporação de responsabilidades sobre os temas sensíveis da humanidade, o que se inclui os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A cultura de investimento deve estar atrelada a uma visão sistêmica que permeia a necessidade corporativa de adaptações para conformidade às dimensões social e ambiental. Por isso, as empresas que adotam o modelo de sustentabilidade pautado na Agenda 2030 ganham papel de destaque e melhores condições de solvência.

Observa-se movimentos ESG no setor corporativo, com organizações atuando para gerar impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. Contudo, ainda não são suficientes. São necessários maiores esforços, por parte de empresas e demais atores internacionais, para ser alcançar o sonhado desenvolvimento sustentável para humanidade. As lideranças corporativas precisam ser mais audaciosas, potencializar a agenda da sustentabilidade e promover coalizões multissetoriais empresariais. As práticas ESG precisam verdadeiramente entrarem em ação, pois, caso contrário, iremos adentrar em um cenário de insolvência global ambiental.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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