Força Nacional em Cariacica é o abraço da segurança contra a violência

Cem policiais vão atuar com as forças de segurança do ES, no sentido para reduzir o número de homicídios em Cariacica

Publicado em 16/08/2019 às 19h09
Atualizado em 29/09/2019 às 19h43

Agentes da Força Nacional de Segurança, que vão reforçar o policiamento em Cariacica

Danilo Bahiense*

Cariacica abraça a Grande Vitória. É o único município da Região Metropolitana que faz limites com Vitória, Vila Velha, Serra, Viana, e ainda é porta de entrada para a Região Serrana. A logística faz a cidade ter características únicas. E, por ser tão singular, enfrenta desafios tão diferenciados na segurança pública.

Cariacica se prepara para a chegada da Força Nacional, em um projeto-piloto do governo Bolsonaro. Cem policiais vão atuar junto com as forças de segurança do Espírito Santo, no sentido para reduzir o número de homicídios na cidade, quantidade elevada esta que já dilacerou famílias e cuja perpetuação do crime trouxe danos irreparáveis.

O Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta conta com o chamado “ciclo completo” de polícia, tendo o corpo de patrulhamento ostensivo e a força de polícia judiciária. Tem ainda o amplo apoio do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, o que demonstra seriedade.

O ciclo completo do projeto também depende um importante fator: o trabalho dos municípios. Quando é falado que Cariacica abraça a Grande Vitória, demonstra-se que há uma imensa capilaridade, ou seja, definitivamente não é uma ilha. E as ações ostensivas e investigativas podem vir a impactar Vitória, Vila Velha, Serra e Viana. Criminosos podem migrar, mudar de área de atuação, por exemplo.

A presença do Estado como interlocutor entre Força Nacional e as prefeituras municipais, por meio de suas secretarias de segurança, é fundamental para que o projeto seja bem-sucedido. As cidades (e suas populações) têm de ser ouvidas. E a integração será crucial para troca de informações e análises de cenários, que somente os gestores e autoridades policiais de suas respectivas áreas têm amplo domínio. Assim, o protagonismo também precisa chegar às cidades, por meio de seus poderes executivos: que também têm de investir em patrulhamento, educação e infraestrutura para o enfrentamento ao crime.

A atividade de segurança não deve ficar restrita às polícias. É ação de todos os Poderes, inclusive do Legislativo capixaba, que tem uma Comissão de Segurança composta por cinco policiais e que está à disposição para ajudar em um projeto que tende a transformar cenários. O combate ao crime só dá frutos com trabalho de equipe.

*O autor é delegado aposentado, deputado estadual e presidente da Comissão de Segurança da Assembleia

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