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É advogado, sócio, gestor comercial e assessor de Investimentos Alta Renda da Forttu Investimentos; autor dos livros: “Investe Logo: Compartilhando experiências com o investidor iniciante” e “O Caminho para o sucesso na Assessoria de Investimentos: Processo, Relacionamento e Intensidade” (em pré-lançamento)

Erros financeiros que jovens no início da vida profissional precisam evitar

Um dos erros mais comuns é acreditar que ainda há muito tempo para se preocupar com dinheiro. E é justamente por isso que o início da vida profissional costuma ser marcado por gastos impulsivos

  • José Neto Rossini Torres É advogado, sócio, gestor comercial e assessor de Investimentos Alta Renda da Forttu Investimentos; autor dos livros: “Investe Logo: Compartilhando experiências com o investidor iniciante” e “O Caminho para o sucesso na Assessoria de Investimentos: Processo, Relacionamento e Intensidade” (em pré-lançamento)
Publicado em 16/07/2025 às 14h26

Recentemente, a cantora Wanessa Camargo fez um desabafo que chamou atenção: ela se arrepende de não ter poupado dinheiro no início da carreira. Apesar do sucesso, revelou enfrentar dificuldades financeiras por decisões equivocadas no passado. Esse tipo de relato, vindo de alguém conhecido nacionalmente, escancara uma realidade que muitos jovens, inclusive aqui no Espírito Santo, ignoram: ganhar bem não garante uma vida financeira tranquila se não houver organização, disciplina e planejamento.

Um dos erros mais comuns cometidos por jovens é acreditar que ainda há muito tempo para se preocupar com dinheiro. E é justamente por isso que o início da vida profissional costuma ser marcado por gastos impulsivos, uso excessivo de crédito e ausência total de planejamento.

Wanessa contou, por exemplo, que parcelava todas as suas compras no cartão de crédito, e só se dava conta do descontrole quando a fatura chegava. Essa é uma prática muito comum que, aos poucos, vira uma armadilha. O parcelamento frequente sem controle cria uma falsa sensação de conforto financeiro, mas na prática compromete a renda futura e acumula dívidas que fogem do controle. Não é raro ver jovens endividados por meses por conta de decisões tomadas em minutos.

Outro ponto delicado é a falta de uma reserva de emergência. Sem ela, qualquer imprevisto, como um problema de saúde, uma demissão ou uma despesa inesperada, se transforma em crise. E diante da crise, o jovem acaba recorrendo ao que está mais próximo: cartão de crédito, cheque especial ou empréstimo. Isso gera um ciclo de dependência financeira e ansiedade, que muitas vezes poderia ser evitado com o simples hábito de guardar uma parte da renda todo mês. O ideal é começar com pouco, mas começar. Não existe valor certo, existe consistência.

Mesmo quem anota os gastos pode estar se enganando se não fizer disso um planejamento. Saber o quanto gasta não é o suficiente. É preciso ter clareza sobre o que é essencial, o que pode ser cortado, quanto sobra e para onde esse dinheiro está indo. Anotar e não revisar os números é como comprar um remédio e não tomar.

Jovem escreve em caderno, educação financeira, café
Jovem escreve contas em caderno. Crédito: Pixabay

No Espírito Santo, um estado que vem crescendo economicamente e gerando boas oportunidades nos setores de petróleo, rochas ornamentais, logística, tecnologia e serviços, não saber cuidar do que se ganha é desperdiçar um cenário promissor. Nenhuma renda, por maior que seja, resiste ao descontrole. Por isso, se você é jovem e quer construir um futuro sólido, não espere ter mais dinheiro para começar a se organizar. Quem não sabe administrar o pouco dificilmente saberá administrar o muito.

A história da Wanessa é um alerta claro: o tempo passa, as contas chegam, e quem não cria uma base sólida acaba pagando caro no futuro. Aproveite o momento, aprenda com os erros dos outros e comece agora. Educação financeira não é sobre números, é sobre escolhas. E quanto antes você começar a fazer boas escolhas, mais leve será o caminho até a sua liberdade.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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