Publicado em 25 de abril de 2025 às 16:28
SÃO PAULO - O Ministério das Cidades publicou, nesta sexta-feira (25), uma portaria que atualiza os limites de renda das faixas 1, 2 e 3 do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida). A medida também cria uma nova linha voltada à classe média.
Com a mudança, famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil passam a ter acesso a financiamentos de imóveis de até R$ 500 mil, com prazo de pagamento de até 420 meses (35 anos). O limite anterior dos imóveis era de R$ 350 mil.
A nova modalidade terá taxa de juros anual de 10%, abaixo da média praticada atualmente no mercado, que gira em torno de 12%. Apesar disso, o percentual ainda é superior ao aplicado às faixas de menor renda do programa, que variam de 4% a 8,16% ao ano.
Procurada, a Caixa não detalhou a partir de que dia seus sistemas estarão adaptados para fornecer financiamentos considerando o novo limite de renda, mas a portaria tem validade desde esta sexta-feira (25).
A portaria desta sexta (25) também atualizou o limite para famílias residentes em áreas rurais: poderão se enquadrar as que têm renda bruta familiar anual de até R$ 150 mil.
A ampliação do Minha Casa, Minha Vida para a classe média é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde 2023.
Na nova faixa, os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) serão limitados a 50% do valor financiado. O restante deverá vir dos bancos que operarem o empréstimo.
Até então, o programa contava com três faixas de renda, e o teto para o valor do imóvel financiado era de R$ 350 mil. A faixa 1 é subsidiada com recursos do Orçamento da União e voltada para famílias de baixa renda, onde se concentra a maior parte do déficit habitacional do país. Já nas faixas 2 e 3, os financiamentos utilizam recursos do FGTS e contam com taxas menores que as praticadas no mercado.
O Ministério das Cidades também estima que, com as mudanças nos tetos de renda, cerca de 100 mil famílias vão conseguir migrar para uma faixa com taxa de juros menores.
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