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Djokovic, Nadal e Federer mostram que não somos iguais. Ainda bem

Essa diferenciação fez com que os três maiores tenistas da história vivessem ao mesmo tempo e nos proporcionassem algo que dificilmente será superado

  • Marcelo Otávio de Albuquerque Benevides Mendonça É associado alumni do Instituto Líderes do Amanhã
Publicado em 25/08/2021 às 15h19
Tênis
Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Crédito: Montagem/Reprodução

Novak Djokovic ganhou seu 19º Grand Slam de tênis. À frente dele, ainda estão Rafael Nadal e Roger Federer, com 20 títulos cada. Pouco importa quem é o maior ou melhor, estamos vivendo o maior momento da história do tênis. E isso só é possível em virtude da desigualdade individual de quesitos físicos, psicológicos e técnicos de cada um desses três monstros, também conhecidos como “Big 3”. Para se ter ideia, sem considerar os Big 3, o tenista em atividade com maior quantidade daqueles títulos possui apenas 4. Se considerarmos os aposentados, 14.

É indiscutível que o indivíduo, como um ser único, ainda que componente de um grupo denominado sociedade, tem suas características totalmente individualizadas. Não existe, no mundo, um ser igual ao outro. Nem mesmo os gêmeos são iguais, suas células são diferentes, cada um tem seu DNA.

E essa diferenciação fez com que os três maiores da história vivessem ao mesmo tempo e nos proporcionassem algo que dificilmente será superado. Vemos, então, que a desigualdade é algo bom, necessário e muito importante para o mundo. O exemplo dos Big 3 no esporte, assim como Pelé, Messi, Jordan, Phelps, mostra que, se todos fôssemos iguais, não haveria incentivo à evolução, a superar o outro, tudo seria igual, sem vida, sem graça.

E o mesmo se aplica ao mundo econômico e empresarial. Um profissional, qualquer que seja, precisa ser livre para poder explorar todo seu potencial e crescer, gerar valor, mudar o mundo. O que seria de nós sem Bezos, Jobs, Musk, Gates? Sem líderes como Churchill, Thatcher, Reagan?

Trago esses apontamentos para demonstrar como a falácia coletivista (incluem-se, aqui, o fascismo, nazismo, socialismo e comunismo) de um mundo de seres iguais, em que o tomador de decisão afirma saber o que é melhor para o coletivo e define o que o indivíduo vai ser e até onde ele pode ir, o que limita todo seu potencial de mudar o mundo e viola a natureza humana.

O indivíduo, por sua própria natureza (seja pelo aspecto religioso ou científico), é único e sua unicidade precisa e deve ser protegida. Acreditar que um governo autoritário e coercitivo é necessário para “garantir a igualdade” é, na verdade, pedir por uma prisão. É como se um passarinho pedisse ao homem para viver em uma gaiola. Contraditório, não?

Voltando ao Big 3, um coletivista poderia dizer: “Que injusto, esses três têm tantos títulos e os outros poucos, temos que impedir isso”. Talvez, em um mundo distópico controlado pelo coletivismo, o Big 3 fosse impedido de jogar, ou então seria escolhido um dos três para ser o “campeão nacional”, impedindo os demais de lutar para superar o concorrente.

Qualquer que seja o cenário, é preciso reconhecer que as liberdades individual e econômica são a energia que move o mundo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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