O Dia Nacional da Saúde Bucal, celebrado em 25 de outubro, representa uma oportunidade para refletir sobre o papel essencial da odontologia na promoção da saúde e na qualidade de vida da população. Mais do que uma data comemorativa, trata-se de um momento de conscientização sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso equitativo aos cuidados odontológicos.
Considera-se que a saúde bucal é um dos pilares da saúde geral, uma vez que a cavidade oral é porta de entrada para diversas doenças sistêmicas. Problemas como gengivite, periodontite e infecções dentárias não tratadas podem contribuir para o agravamento de condições como diabetes, doenças cardiovasculares e complicações durante a gestação. Dessa forma, a atenção à saúde bucal deve ser vista não como um cuidado isolado, mas como parte integrante das políticas públicas de saúde.
Dados recentes do Ministério da Saúde indicam que cerca de 45% dos brasileiros têm acesso a atendimento odontológico regular por meio do Sistema Único de Saúde, enquanto 11% da população nunca foi ao dentista. Tais números revelam a necessidade de ampliar o alcance das ações de prevenção e de fortalecimento da rede pública. É preciso reforçar que a saúde bucal é também uma questão de equidade social, uma vez que o acesso a cuidados básicos ainda é desigual entre as regiões do país.
No campo científico, a Radiologia Odontológica tem assumido papel cada vez mais relevante na identificação precoce de alterações que, muitas vezes, não se manifestam clinicamente. Exames como radiografias panorâmicas, periapicais e tomografias de feixe cônico permitem detectar lesões ósseas, cistos, infecções e até tumores em estágios iniciais, favorecendo intervenções menos invasivas e resultados mais eficazes.
Considera-se, portanto, que o diagnóstico por imagem é uma ferramenta indispensável para o planejamento clínico e cirúrgico, contribuindo não apenas para o tratamento, mas também para a prevenção. O uso adequado dessas tecnologias representa um avanço importante para a odontologia moderna, aproximando-a das diretrizes de uma saúde baseada em evidências e em práticas integradas.
Além do diagnóstico, deve-se compreender que a educação em saúde continua sendo o principal instrumento de transformação. A adoção de hábitos simples, como escovação correta, uso diário do fio dental, alimentação equilibrada e visitas periódicas ao dentista, ainda constitui o caminho mais eficaz para reduzir o índice de doenças bucais. Nesse sentido, é preciso reforçar a importância de programas educativos contínuos, iniciados nas escolas e mantidos ao longo da vida, capazes de formar cidadãos mais conscientes sobre o autocuidado e a prevenção.
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A saúde bucal, quando bem cuidada, reflete diretamente no bem-estar físico e emocional. O sorriso saudável é também expressão de autoestima, de inclusão social e de qualidade de vida. Considera-se, portanto, que o Dia Nacional da Saúde Bucal deve ser visto como uma data estratégica para reafirmar o compromisso coletivo com a promoção da saúde, o avanço científico e a ampliação do acesso a diagnósticos precisos e tratamentos seguros.
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