Caminhamos para uma sociedade composta por um número cada vez maior de idosos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto hoje o Brasil conta com 20,6 milhões de idosos (10,8% da população), em 2060, esse número representará 26,7% do total.
Como já dizia Arnaldo Antunes em uma de suas canções, “a coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer”. Seguimos todos os dias rumo à longevidade, que inclui a soma dos anos que a vida irá nos proporcionar. A cada dia essa busca se atualiza e, com ela, sonhamos em desfrutar dos anos com saúde, lucidez e toda a disposição que a terceira idade tiver para nos oferecer.
Mas uma pergunta se faz pertinente em meio a essa jornada diária rumo à velhice: estamos preparados para envelhecer? Especialmente nesta data em que celebra-se o Dia da Pessoa Idosa (1º de outubro), esse é um ponto importante a se refletir. Essa preparação inclui algumas prioridades essenciais: o cuidado com a saúde, a construção e manutenção de laços afetivos sólidos e o fortalecimento de reservas materiais que irão prover uma terceira idade tranquila e sem maiores necessidades.
E enquanto nos preparamos e torcemos para alcançarmos o “inevitável da vida”, precisamos atuar em um importante processo de desconstrução do preconceito com as pessoas mais velhas, que hoje é tão presente. Também chamada de etarismo, a discriminação por essa faixa etária caminha na contramão de uma velhice feliz e merecidamente valorizada.
Enquanto nos preparamos para desfrutar de uma terceira idade confortável, o caminho nos exige posturas que vão contra o etarismo, nas nossas atitudes, exemplos e nos ensinamentos que deixaremos para quem vier depois de nós.
E assim podemos continuar cuidando do corpo, da mente, da vida profissional, da conta bancária, escrevendo a nossa história e sendo parte de uma sociedade menos egoísta.
Pensamos e falamos muito na importância de deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas podemos perfeitamente contribuir para fazer desse mundo um lugar melhor para os nossos idosos, que pertencem a esse grupo especial que todos nós sonhamos um dia fazer parte, se a vida assim permitir.
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