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É diretora da Azo Cuidados

Cuidador profissional de idosos: a profissão do presente e do futuro

No Brasil, prevê-se que cerca de 25% da população necessita de atendimento domiciliar para auxiliar nas atividades da vida diária. Nos EUA, auxiliares de cuidados pessoais e serviços de saúde domiciliar já estão entre as dez ocupações que mais crescem

  • Lívian Tononi Dalarmelina É diretora da Azo Cuidados
Publicado em 10/09/2023 às 10h00
idosos
Idosos. Crédito: Sabine van Erp/Pixabay

Pela primeira vez na história, há mais velhos do que jovens na humanidade. Se em 2019 haviam 703 milhões de pessoas do mundo com 65 anos ou mais, a previsão é que em 2050 esse número dobre para 1,5 bilhão. Aqui no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos em 2030.

Esses são apenas alguns dos motivos que revelam a necessidade de cuidadores especializados no envelhecimento da população mundial para reduzir a tensão sobre os familiares.

Por isso, quem se prepara para ser um cuidador tem pela frente um mercado de trabalho amplo e sedento e, quanto antes começar, melhor. Essa realidade ficou ainda mais evidente após a pandemia e os cuidados indispensáveis aos mais velhos. O mercado global de assistência domiciliar está projetado para aumentar de 304 bilhões de dólares em 2020 para 516 bilhões em 2027, cerca de 70%. No Brasil, prevê-se que cerca de 25% da população necessita de atendimento domiciliar para auxiliar nas atividades da vida diária. Nos Estados Unidos, auxiliares de cuidados pessoais e serviços de saúde domiciliar já estão entre as dez ocupações que mais crescem.

Se essa perspectiva, por si só, não revela uma lacuna laboral, o incentivo vem pelo reconhecimento de que a prestação de cuidados até pode ser aprimorada pela tecnologia, mas não substituída. É fato que ocorreram muitos avanços médicos, no entanto, provavelmente as máquinas nunca substituirão o toque humano, isso para não falar da compaixão, empatia, paciência e confiança que definem os cuidadores. Em vez de ser uma concorrência, a tendência é que a tecnologia auxilie a força de trabalho humana na criação de inovações para um atendimento ainda mais eficiente.

O desafio agora é descobrir como podemos elevar o cuidado a uma atividade mais do que necessária, mas mundialmente admirada, valorizada e respeitada.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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