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É secretário-geral do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes)

Com passagens aéreas mais caras, ônibus ganham usuários nas viagens de fim de ano

Deslocamentos no período prometem uma movimentação há muito tempo não observada nas rodoviárias, e a expectativa é positiva para o setor e para o país

  • Jaime de Angeli É secretário-geral do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes)
Publicado em 08/12/2021 às 02h00

Final do ano é sinônimo de viagens e atividades turísticas. Neste ano, com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a expectativa de um fim próximo da pandemia, os brasileiros voltam a sonhar com as férias de verão. Mas uma das diferenças gritantes deste para anos anteriores é a disparada dos preços das passagens aéreas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta dos últimos meses já chega a 56,8%.

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontou que só entre abril e junho o aumento foi de mais de 20% nas tarifas de voos nacionais. O motivo? Principalmente o aumento da demanda e a busca por mais viagens. Nessa linha, a expectativa é de que para dezembro e janeiro, meses da alta temporada, o valor aumente ainda mais.

Nesse cenário, muitos viajantes estão trocando os aviões por ônibus. A expectativa é a de que até o final de dezembro sejam vendidos 3,1 milhões de bilhetes rodoviários, mais que os 2,7 milhões comercializados em 2019. A estimativa é da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati).

Além da alta das passagens aéreas, a alta do dólar vem movimentando ainda mais o turismo nacional. Os feriados de novembro e outubro movimentaram a venda de passagens e, segundo a Abrati, nas regiões Norte e Nordeste chegaram a ultrapassar o período pré-pandemia. Patamar que deve ser alcançado pelo resto do país no último mês do ano.

A boa notícia para os turistas é que as viagens de ônibus não perdem em nada para as de avião. Os motoristas são treinados para dirigir de maneira segura, respeitando as regras de trânsito e de biossegurança, e os veículos estão cada vez mais modernos. São atualizações nas frotas que tornam os ônibus mais seguros e confortáveis, oferecendo uma experiência de "primeira classe" aos passageiros. E mais, a grande maioria desses veículos já conta com Wi-fi, permitindo que os viajantes se mantenham conectados durantes os percursos.

O setor vem se adequando e superando desafios que, até um ano atrás, pareciam insuperáveis. As empresas, buscando beneficiar os passageiros, trabalham com a contenção de custos e oferecem passagens a preços acessíveis mesmo com preços elevados do diesel e dos pneus.

As viagens de final de ano prometem uma movimentação há muito tempo não observada nas rodoviárias, e a expectativa é positiva para o setor e para o país, que depende do turismo para fomentar a economia.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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