Final do ano é sinônimo de viagens e atividades turísticas. Neste ano, com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a expectativa de um fim próximo da pandemia, os brasileiros voltam a sonhar com as férias de verão. Mas uma das diferenças gritantes deste para anos anteriores é a disparada dos preços das passagens aéreas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta dos últimos meses já chega a 56,8%.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontou que só entre abril e junho o aumento foi de mais de 20% nas tarifas de voos nacionais. O motivo? Principalmente o aumento da demanda e a busca por mais viagens. Nessa linha, a expectativa é de que para dezembro e janeiro, meses da alta temporada, o valor aumente ainda mais.
Nesse cenário, muitos viajantes estão trocando os aviões por ônibus. A expectativa é a de que até o final de dezembro sejam vendidos 3,1 milhões de bilhetes rodoviários, mais que os 2,7 milhões comercializados em 2019. A estimativa é da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati).
Além da alta das passagens aéreas, a alta do dólar vem movimentando ainda mais o turismo nacional. Os feriados de novembro e outubro movimentaram a venda de passagens e, segundo a Abrati, nas regiões Norte e Nordeste chegaram a ultrapassar o período pré-pandemia. Patamar que deve ser alcançado pelo resto do país no último mês do ano.
A boa notícia para os turistas é que as viagens de ônibus não perdem em nada para as de avião. Os motoristas são treinados para dirigir de maneira segura, respeitando as regras de trânsito e de biossegurança, e os veículos estão cada vez mais modernos. São atualizações nas frotas que tornam os ônibus mais seguros e confortáveis, oferecendo uma experiência de "primeira classe" aos passageiros. E mais, a grande maioria desses veículos já conta com Wi-fi, permitindo que os viajantes se mantenham conectados durantes os percursos.
O setor vem se adequando e superando desafios que, até um ano atrás, pareciam insuperáveis. As empresas, buscando beneficiar os passageiros, trabalham com a contenção de custos e oferecem passagens a preços acessíveis mesmo com preços elevados do diesel e dos pneus.
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As viagens de final de ano prometem uma movimentação há muito tempo não observada nas rodoviárias, e a expectativa é positiva para o setor e para o país, que depende do turismo para fomentar a economia.
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