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É auditor do Estado e presidente da Associação dos Auditores do Estado do Espírito Santo (Assaes)

Auditoria Interna: sem controle não há boa governança

Muito se fala de transparência e medidas anticorrupção, mas nada disso é possível sem controle interno, e isso se aplica não só ao poder público, mas também às empresas e a outros entes privados

  • Fabrício Ceccato Borgo É auditor do Estado e presidente da Associação dos Auditores do Estado do Espírito Santo (Assaes)
Publicado em 20/11/2021 às 02h00

“O mundo não será destruído pelo mal, mas por aqueles que olham e não fazem nada!” Essa frase do gênio Albert Einstein resume um mundo onde indivíduos não estão preocupados com o certo e o errado. O mal acontece e nada é feito para mudar. Assim é uma empresa sem auditoria ou um governo sem o controle interno.

Outros grandes homens na história da humanidade também citaram a importância de se ter pessoas que vigiem, que fiscalizem, que verifiquem o cumprimento das leis, que se importem com os outros, que se sintam compelidos a controlar e mudar o que está errado. Esse é o papel da auditoria. Esse é o trabalho dos auditores do Estado.

O poder público, enquanto executor das funções do Estado, tem como receita principal os impostos pagos pelo cidadão, e tem o dever de zelar por sua eficaz e eficiente aplicação no atendimento às necessidades da sociedade. O uso do chamado “dinheiro público”, que nada mais é que o dinheiro do povo, precisa e deve ser controlado, gerido, vigiado de perto, sua aplicação deve ser auditada, avaliada em busca do melhor para a população.

Hoje, muito se fala de transparência e medidas anticorrupção, mas nada disso é possível sem controle interno, e isso se aplica não só ao poder público, mas também às empresas e outros entes privados. Controlar é essencial para a boa administração, para a boa governança.

O Tribunal de Contas da União, ao tratar o assunto, afirma que “enquanto a governança é responsável por estabelecer a direção a ser tomada, [...] a gestão é a função responsável por planejar a forma mais adequada de implementar as diretrizes estabelecidas, executar os planos e fazer o controle de indicadores e de riscos”. E é exatamente nesse controle que a auditoria interna desempenha seu fundamental e mais nobre papel: auxiliar e propiciar o controle, inclusive social, das contas públicas.

Diante de tudo isso é inquestionável o papel dos auditores do Estado, cuja carreira é representada pela Associação dos Auditores do Estado do Espírito Santo (Assaes), realizando todas as atividades finalísticas da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), das quais destacam-se:

  • Prevenir e combater a corrupção;
  • Gerir a política de transparência pública do Estado;
  • Ampliar mecanismos de controle dos recursos públicos, através de comunicação direta com a sociedade;
  • Apurar as responsabilidades do servidor público por infração praticada no exercício de suas atribuições;
  • Avaliar o cumprimento das metas previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Plano Plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Estado;
  • Comprovar a legalidade, a legitimidade e a economicidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade, da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional dos órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual.

Neste sábado (20), é comemorado o Dia do Auditor Interno! Esta data foi escolhida pois marcou a fundação, em 1960, do Instituto dos Auditores Internos do Brasil. O Auditor do Estado é o profissional que atua no Controle Interno.

Por isso, reafirmamos a importância dos auditores do Estado para a sociedade, pois é por meio do trabalho desses briosos servidores públicos que se pode ter a certeza da ideal aplicação dos tributos pagos; como também a sua importância para o Estado, pois garante que os órgãos públicos executem fielmente os planos do governo e que tudo isso resulte no atendimento aos anseios daqueles que o elegeram e que pagam seus salários.

Como sentenciou Edmund Burke, “para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados”. Os Auditores do Estado jamais cruzarão os braços!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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