2023: O ano mais quente dos últimos 125 mil anos. Ondas de calor escaldantes, secas devastadoras, inundações catastróficas – a realidade da mudança climática se impõe com força cada vez maior.
Em meio a esse cenário preocupante, a pergunta: quem é você na agenda do clima?
Mas antes que você responda se acredita ou não acredita em aquecimento global, um estudo realizado nos Estados Unidos pela Universidade de Yale revela que a população por lá se divide não apenas em dois, mas em seis tipos de públicos de opinião sobre o tema.
São eles:
- Alarmados (28%): Engajados e dispostos a se mobilizar, reconhecem a urgência de medidas drásticas para combater as mudanças climáticas e se posicionam: frequentemente se envolvem em ações que vão do consumo consciente a movimentos e protestos públicos.
- Preocupados (29%): Convencidos da realidade da mudança climática, mas menos engajados em ações, buscam soluções e apoiam políticas públicas que visem a sustentabilidade. Um exemplo são os consumidores que optam por produtos com menor impacto ambiental, mesmo que isso implique em um custo um pouco mais elevado.
- Cautelosos (15%): Indecisos ou pouco preocupados, geralmente por falta de informação ou acesso a dados científicos confiáveis. Problema: esse grupo pode ser influenciado tanto por campanhas de conscientização e educação ambiental quanto por notícias falsas.
- Descomprometidos (6%): Desconectados da agenda climática, por desinteresse ou priorização de outras questões. O desafio é engajá-los por meio de estratégias que demonstrem o impacto direto das mudanças climáticas em suas vidas e comunidades e principalmente que é possível gerar valor e receita na transição ao baixo carbono.
- Duvidosos (11%): Esses questionam a necessidade de ação por receio de mudanças em seu estilo de vida. É importante apresentar soluções economicamente viáveis e que não comprometam o bem-estar social, como a geração de empregos verdes e a promoção de tecnologias inovadoras.
- Negacionistas (11%): Rejeitam a ciência e se opõem às medidas climáticas, muitas vezes por influência de grupos de interesse ou ideologias políticas. O diálogo com esse grupo pode ser desafiador, mas é fundamental para evitar a proliferação de informações falsas e a polarização do debate.
Embora a compreensão do público norte-americano sobre as causas e efeitos das mudanças climáticas tenha crescido nos últimos 10 anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Ainda tem muita gente em dúvida - ou nada fazendo.
No Brasil, não temos pesquisas que nos deem essas estatísticas, mas empiricamente, na jornada de construção de uma startup do clima, em pelo menos 3 a cada 10 reuniões de apresentação do ECO55 eu preciso começar explicando conceitos básicos, principalmente para públicos de menor crença.
Para isso, os próximos artigos aqui em A Gazeta vão buscar responder a 5 perguntas frequentes sobre as mudanças do clima e seus impactos, começando com uma que é bem mais comum do que você imagina: tá esquentando mesmo?
Mas, antes disso, responda:
Quem é você na agenda do clima?
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