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É coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Centro Educacional Leonardo da Vinci

Acesso ao mundo letrado antes da escola formal favorece a alfabetização

Desde que a criança nasce, ela está inserida no mundo das letras, pois tem acesso a materiais escritos. O processo de alfabetização não deve ser visto como um bicho de sete cabeças, pois precisa ser natural e contínuo

  • Maria Telma Berno Mattos É coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Centro Educacional Leonardo da Vinci
Publicado em 10/09/2021 às 14h00
Alunos usam máscara em sala de aula devido à Covid-19
Quando ingressa na escola, a criança é exposta a um ambiente alfabetizador. Crédito: Freepik

Um dos eixos básicos do desenvolvimento infantil é a alfabetização. Essa é uma fase de elevada importância na formação por criar bases para a interação entre as pessoas e o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento. Apesar dessa relevância, o processo de alfabetização não deve ser visto como um “bicho de sete cabeças”, pois precisa ser natural, contínuo, tendo início até mesmo antes da escola formal.

Desde que a criança nasce, ela está inserida no mundo das letras, pois tem acesso a materiais escritos. Quando ingressa na escola, ela é exposta a um ambiente alfabetizador, e a leitura e a escrita começam a fazer mais sentido e tornam-se parte da vida dela.

Por estar em desenvolvimento, é fundamental que essas vivências sejam significativas, sendo uma boa estratégia trabalhá-las de maneira lúdica e por meio de brincadeiras. Dessa forma, aos poucos a criança discerne que escrever e desenhar são ações diferentes e que somos capazes de registrar o que falamos e pensamos. É uma descoberta fascinante.

Somente após essas etapas é que o entendimento mais completo das relações fonema-grafema acontece. O professor age mediando intencionalmente situações que levam o aluno às próprias produções para que desenvolva habilidades dentro de um contexto social e cultural.

Por acontecer em uma faixa etária de autonomia em construção, o alfabetizar em meio à pandemia e aos estudos remotos foi desafiador por um lado, mas por outro só reforçou aquilo que sempre percebemos e defendemos. O processo é bem particular, cada aluno tem um ritmo de aprendizagem que deve ser respeitado e valorizado, sem angústia e pressa, sem jamais, contudo, abrir mão dele, visto que tantos estudos já comprovarem ser a alfabetização fundamental para sociedades com mais qualidade de vida e menos desigualdades.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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