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É jornalista, pós-graduado em Comunicação Estratégica, gestão da Imagem e Política pela Ufes e especialista em redes sociais

A comunicação de um mandato: será que um 'like' equivale a um voto?

Em um mandato, comunicar-se de forma eficiente tornou-se um grande desafio. Afinal, como ser assertivo com tantas plataformas, veículos e formas de comunicação disponíveis?

  • Humberto Gomes É jornalista, pós-graduado em Comunicação Estratégica, gestão da Imagem e Política pela Ufes e especialista em redes sociais
Publicado em 02/05/2025 às 10h00

Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, WhatsApp, Telegram, TV, rádio... atualmente, os meios de comunicação se multiplicaram de maneira notável, refletindo as transformações do mundo contemporâneo.

Em um mandato, comunicar-se de forma eficiente tornou-se um grande desafio. Afinal, como ser assertivo com tantas plataformas, veículos e formas de comunicação disponíveis? Muitos políticos optaram por seguir um caminho claro: as redes sociais. Passaram a registrar vídeos, realizar danças, promover brincadeiras e diversas outras ações, tudo com o intuito de conquistar um "like" e alcançar o tão almejado engajamento.

Hoje, adotar esse tipo de comunicação tornou-se quase uma imposição. No entanto, surge uma reflexão — ou melhor, um questionamento: será que o 'like' equivale a um voto? Significa, de fato, uma aprovação? Ou, talvez, não seja apenas uma métrica da vaidade? E mais. Essa é, de fato, a melhor forma de comunicação em um mandato?

O gestor deve, antes de tudo, PLANEJAR essa comunicação, escolhendo formatos, conteúdos e linguagens específicas para cada público. Gerar conteúdo, por si só, não é suficiente. É fundamental buscar os canais e o público adequados para garantir o sucesso da comunicação. E, claro, disseminar nos canais certos. Fazer essa distinção é essencial para o sucesso da estratégia.

Assim, a partir dessa comunicação será moldado, ao longo do tempo, o imaginário do público (eleitor), por meio de narrativas estratégicas ou, até mesmo, de forma mais espontânea.

É justamente nesse ponto que se manifestam os desafios. Para que a comunicação se dê de forma eficaz, é essencial que se estabeleça claramente tanto o propósito quanto a mensagem, ou seja, o objetivo final almejado. Ao proceder dessa forma, evita-se o improviso, os equívocos e até mesmo as gafes, que podem desencadear uma crise institucional ou causar danos irreparáveis à imagem pessoal.

Em certos casos, essas falhas podem se mostrar tão prejudiciais que tornam extremamente difícil a sua reversão, a ponto de comprometer a própria continuidade de um mandato.

Sabendo o objetivo final, logo em seguida ficará mais clara a definição da narrativa. E consequentemente, a comunicação do mandato.

Celular; redes sociais; marketing
Redes sociais. Crédito: Freepik

Um equívoco comum hoje em dia é acreditar que as redes sociais são o principal elo entre o político e seus eleitores. A comunicação de um mandato vai muito além disso. Ela abrange mídia tradicional, imprensa, e-mail, eventos, mobilização, materiais impressos, WhatsApp e, em algumas ocasiões e regiões, até mesmo cartas!

Em um cenário de constante evolução das plataformas de comunicação, é fundamental que o gestor tenha uma visão estratégica para construir uma narrativa eficaz. A comunicação de um mandato vai além da presença digital, envolvendo diversos canais que, quando bem trabalhados, fortalecem a conexão com os eleitores e garantem a clareza da mensagem.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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