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Incêndios no ES: "Seca dá condição, mas não gera combustão"

Publicado em 10/09/2024 às 14h26
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O tempo na Capital
Registro na primeira semana de setembro em Vitória, quando paisagem foi tomada por fumaça Crédito: Fernando Madeira

A qualidade do ar que respiramos está comprometida e os incêndios registrados em todo o Brasil pioram ainda mais a situação, causando até névoa, como visto no início de setembro no Espírito Santo. De acordo com pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Karla Longo, a atual condição do tempo, com baixa umidade do ar e falta de chuva, permite a ocorrência de queimadas. Os incêndios, no entanto, são causados por ação humana, segundo a especialista — e o aumento deles ocorre em todo o país.

"A fumaça é provocada por incêndio. E os incêndios são provocados pelo homem. A seca oferece condições para a propagação, mas não gera combustão espontânea. As queimadas são de ação humana. Não temos controle sobre a seca, mas o ser humano tem sim controle sobre a ocorrência do fogo", argumenta.

Em entrevista à jornalista Patrícia Vallim, da Rádio CBN Vitória, a pesquisadora do Inpe explicou que a qualidade do ar está abaixo do ideal em várias regiões. Em alguns locais, onde há presença constante dos incêndios, a qualidade é ainda menor. A especialista explica que no caso do Espírito Santo, local onde há vegetação mais rasteira, o aumento de incêndios gera mais fumaça, mas com menor densidade, ou seja, menor impacto. Diferente de Estados como Amazonas e Pará. No início do mês, a fumaça da região amazônica chegou ao Estado, gerando um "corredor de fumaça".

O Estado tem convivido com o aumento das queimadas. De acordo com números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foram registrados, até segunda-feira (9), 425 focos de incêndio. O número é maior que o dobro (127%) do registrado no mesmo período do ano passado. A pesquisadora do Inpe informou que não há previsão de um grande volume de chuva para as próximas semanas.

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