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Empreendedoras do ES transformam coragem e desafios em negócios

Empreendedoras do ES transformam coragem e desafios em negócios

Evento em Vitória reuniu mulheres e seus negócios de diferentes segmentos, como perfumaria, acessórios, costura criativa e crochê, além de ser uma vitrine para lições de vida

Gabriela Maia

Estagiária / greis@redegazeta.com.br

Publicado em 30 de maio de 2025 às 11:23

As empreendedoras contam com o apoio do Instituto Imac
As empreendedoras contam com o apoio do Instituto Imac que oferece capacitação para mulheres Crédito: Gabriela Maia

“Eu teço prazer.” A frase da crocheteira Elaine Alves da Silva, 61 anos, traduz o sentimento de quem encontrou, nas linhas e nas agulhas, um novo propósito de vida após a se aposentador como professora da rede estadual. Buscou capacitação, se especializou na confecção de bolsas de crochê e fundou sua marca, Vó Nair, em homenagem à mãe que lhe ensinou o ofício ainda na infância.

Hoje, suas peças atravessam os limites do Espírito Santo e chegam a outros Estados e até ao exterior. ““Eu gosto muito de trabalhar com isso. Para mim, é uma terapia, porque quando você está ali tecendo, você esquece de tudo”, destaca.

Elaine Alves é empreendedora e trabalha produzindo bolsas e peças feitas de crochê
Elaine Alves é empreendedora e trabalha produzindo bolsas e peças feitas de crochê Crédito: Gabriela Maia

Assim como Elaine, mulheres de diferentes idades encontram no empreendedorismo uma oportunidade de mudar de carreira, inovar no trabalho e complementar a renda. Mudança de vida que foi o foco da Feira de Mulheres Empreendedoras, promovida pela Prefeitura de Vitória nesta semana.

O evento contou com diferentes produtos, como peças de crochê, perfumaria, jóias, cestaria e costura criativa. Mais do que vender produtos, o evento foi palco de encontros, trocas de experiências, lição de vida e reinvenção — uma vitrine do potencial feminino.

Elaine Alves é empreendedora e trabalha produzindo bolsas e peças feitas de crochê
Elaine é empreendedora e trabalha produzindo bolsas e peças feitas de crochê Crédito: Gabriela Maia

Foi depois do diagnóstico de autismo do filho que Andressa Galvão tomou a decisão de deixar o emprego formal e apostar no empreendedorismo. Assim, em 2018, nasceu a Hipo Kids, marca capixaba pioneira que cria roupas para meninas e suas bonecas. “É a nossa marca registrada. A gente oferece opções para vestir a criança e a boneca da mesma forma, e elas saem iguaizinhas.”

Há três anos, Andressa trabalha ao lado de sua mãe, Elizabethe Dias, que se juntou à filha para acelerar ainda mais o negócio. “Nossa loja é empreendedorismo materno na veia, porque é mãe ajudando mãe. Ela é minha rede de apoio e minha sócia ao mesmo tempo.”

Elizabethe Dias e Andressa Galvão são mãe e filha e inovaram com a venda de roupas de menina e boneca
Elizabethe Dias e Andressa Galvão são mãe e filha e inovaram com a venda de roupas de menina e boneca Crédito: Gabriela Maia

A empreendedora conta que sua loja é pioneira no Estado e que as roupas de boneca incentivam as crianças a brincar ainda mais. “Hoje em dia, as mães buscam opções para tirar os filhos de telas. Isso aqui é um produto muito especial, porque traz esse resgate da infância, das mães que brincavam de boneca e que querem ter essa lembrança com as filhas”, afirma Andressa.

Gisele Dutra empreende vendendo laços ao lado de sua mãe, Ilza Lea por Gabriela Maia

Na época da pandemia, Jaqueline Martins começou a empreender com decorações para casa e se especializou no ramo de cestarias. “Eu quis, de alguma forma, trabalhar a mente, fazer trabalho com as mãos, e sempre gostei muito dessa parte de cestinhas. Eu faço em alguns formatos, como coração, redondo, oval, faço peças para parede também. A cestinha é muito versátil. Em qualquer lugar que você coloque na sua casa, você vai estar organizando e decorando seu espaço”, completa.

Jaqueline conta que gosta de trabalhar com peças versáteis. “Um cachepô, por exemplo, você pode usar como porta-chave ou porta-joia, usar em uma mesa posta, como porta-talheres. São várias as possibilidades de um produto”, afirma. “Hoje sou 100% empreendedora. Sempre estou nas feiras; é uma renda extra que eu faço.”

Jaqueline Martins começou a empreender com decorações para casa
Jaqueline Martins começou a empreender com cestas decorativas para casa Crédito: Gabriela Maia

Já a advogada Gisele Dutra deixou o cargo de assessora no Ministério Público do Espírito Santo, onde atuou por 12 anos, para começar do zero no mundo dos laços e acessórios. “Mudei totalmente de ramo e eu fui para o lado dos laços. Eu não sabia vender nada nem fazer laço”, revela.

Para começar a dar os primeiros passos como empreendedora, Gisele buscou capacitação e se dedicou aos estudos.“Fiquei seis meses estudando, no ano passado, para empreender. Fiz cursos bem legais e comecei com os laços. Com o tempo, incrementei com acessórios, como pregadeiras, tiaras, hair clips. Atendemos o público infantil e adulto também.”

Gisele conta com o apoio de sua mãe, que começou a fazer cangas para a loja da filha, a Gigi Entrelaços. Atualmente, as vendas são feitas pela internet e pelas redes sociais "Eu vendo on-line e faço muitas entregas. Mas precisava de um lugar físico para as pessoas conhecerem e verem meu produto, por isso gosto de expor em feiras." 

Gisele Dutra empreende  vendendo laços ao lado de sua mãe, Ilza Lea
Gisele Dutra empreende vendendo laços ao lado de sua mãe, Ilza Lea Crédito: Gabriela Maia

As participantes da feira contam com o apoio do Instituto Imac, organização voltada ao fortalecimento e impacto do empreendedorismo feminino.

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