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Publicado em 25 de julho de 2025 às 13:41
Casos de stalking (perseguição), assédio e importunação sexual contra mulheres estão crescendo no Espírito Santo. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicados quinta-feira (24), revelam que as vítimas estão, cada vez mais, na mira dos agressores. >
Em 2023, o Estado registrou 668 casos de stalking — quando vítimas são perseguidas fisicamente ou no ambiente digital, com ligações ou mensagens constantes, por exemplo. No ano seguinte, foram 914 ocorrências, uma variação de 35%. Em relação aos casos de assédio sexual, foram 396 em 2023 e 472 em 2024, um aumento de 18,4%.>
Quando são detalhados os números de importunação sexual, o anuário mostra que o Espírito Santo teve 211 registros em 2023, contra 292 no ano passado, representando um crescimento de 37,5% nesse tipo de crime.>
Diferença de assédio para importunação sexual
Assédio sexual é todo comportamento de natureza sexual não solicitado, dirigido à vítima, visando constrangê-la ou criar um ambiente hostil, no contexto de uma relação de poder ou hierarquia.
Já a importunação sexual ocorre quando alguém pratica ato libidinoso, sem consentimento, na presença da vítima. A principal diferença entre os dois está na existência de vínculo de subordinação: enquanto o assédio pressupõe uma relação hierárquica, a importunação pode ocorrer entre pessoas sem qualquer vínculo ou relação de poder.
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O levantamento sobre os dados de violência contra as mulheres detalha que, por hora, ao menos dez mulheres foram vítimas de perseguição no Brasil em 2024. >
No caso de assédio sexual, o material também mostra o crescimento de 6,7% dos registros no Brasil. Já em relação à importunação sexual, o crescimento foi de 4,7% no acumulado de todos os casos nacionais.>
O anúario ainda destaca que, entre os onze indicadores relacionados à violência sexual no Brasil em 2024, sete apresentaram crescimento nas taxas de registro em relação a 2023.>
“Estupro (ambos os sexos), estupro de vulnerável (ambos os sexos), estupro total (incluindo o estupro de vulnerável) (ambos os sexos), estupro de mulheres, assédio sexual, importunação sexual, pornografia, sendo este último o de crescimento mais expressivo, de 13,1%. Os demais crimes — tentativa de estupro, estupro de vulnerável, estupro de vulnerável com vítimas mulheres e exploração sexual – apresentaram queda, apesar dos números absolutos de casos registrados seguirem preocupantes”, divulga o material.>
O levantamento ainda pontua que o cenário é de agravamento generalizado, “exigindo atenção redobrada das políticas públicas e do sistema de justiça”.>
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