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Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 17:38
Com a proximidade do período de férias, chega a hora de planejar os detalhes do próximo destino. E se for fora do Brasil, é preciso também ficar atento a mais detalhes, como seguro viagem e o câmbio antes de embarcar — especialmente nos últimos dias, quando a cotação do dólar, por exemplo, está acima dos R$ 6.>
Para definir a melhor forma de comprar moeda estrangeira para uma viagem, é importante considerar os objetivos de quem vai pegar o avião. Mas, nesse cenário, tem se destacado o uso das contas globais para fazer os pagamentos durante a viagem.>
Optar pelas contas globais pode resultar em economia na hora de fazer o câmbio. Isso porque o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é mais baixo do que o cobrado em cartões de crédito tradicionais. Ao abastecer o cartão global é cobrado IOF de 1,1% no câmbio, o mesmo do ter o dinheiro em espécie. Já sobre as operações de compra no crédito ou outras modalidades incide imposto de 4,38%. >
Na prática, o valor é menor porque o imposto é cobrado no momento da conversão e transferência de uma conta da mesma titularidade, só que no exterior, para movimentar moeda estrangeira. Geralmente, a conversão das moedas é feita também com o câmbio comercial, mais vantajoso em relação ao turismo, e o abastecimento da conta internacional pode ser feito pelo Pix. >
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Para Leonardo Boa, professor da Fucape Business School, cartões globais são uma excelente opção para quem viaja ao exterior, mas, como qualquer produto financeiro, possuem vantagens e desvantagens. Antes de escolher uma opção, é importante analisar se as vantagens são mais relevantes para o seu perfil de viajante e se as desvantagens podem ser contornadas.>
O professor acrescentou, entre as vantagens, a possibilidade de fazer saque na moeda local com o cartão global, evitando a necessidade de casas de câmbio e suas taxas menos favoráveis.>
Leonardo Boa
Professor da Fucape Business SchoolEle também destacou algumas desvantagens para ficar de olho. É preciso ficar atento a taxas e tarifas, já que alguns cartões globais podem ter taxas de anuidade, emissão ou manutenção, além de tarifas para saques, transferências e outros serviços. Por isso, indica comparar as opções disponíveis. O professor falou ainda sobre a dependência da internet, porque para usar o aplicativo e acompanhar os gastos, é preciso ter acesso a internet, o que pode ser um problema em alguns destinos. >
A advogada Jamile Verdini passou a adotar cartões globais nas últimas viagens que fez ao exterior e afirma que a escolha por esse meio de pagamento foi pela praticidade. Ela conta que sempre optou por levar dólar em espécie para evitar o uso de cartão de crédito internacional por ter taxas mais altas e conversão não vantajosa. A última viagem que fez foi para o Canadá, para visitar a irmã, e, de lá, as duas foram para os Estados Unidos. >
"Sempre levei dólar em espécie, mas sempre com preocupação, porque tem risco de perder e é complicado levar quantidade grande de dinheiro. E com o cartão não tem isso. Você carrega, tem taxa, mas é menor e você vai gastando e debitando do saldo. Quando o dinheiro estiver acabando, é só recarregar a conta global com Pix", conta.>
Ela lembra ainda de outra situação que é amenizada com o uso do cartão, que são as sobras das moedas. "Sempre achei ruim de levar dinheiro em espécie o receio de trocar tudo e depois sobrar moeda. Para reconverter, acaba sendo prejuízo. O cartão também eliminou as minhas idas constantes a casas de câmbio durante a viagem para trocar dinheiro. Fora que, se sobrar algum valor, fica em dólar e consigo usar numa próxima viagem", lembra.>
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