Repórter / labrantes@redegazeta.com.br
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 10:06
Considerados essenciais por boa parte dos brasileiros, gastos com beleza têm crescido nos últimos anos. O interesse nos produtos disponibilizados pela indústria da beleza tem aumentado com o passar dos anos e está ainda mais forte entre a geração Z, que hoje está na casa dos 20 anos.
Reflexo disso é que, na busca pelo padrão ideal de beleza, as pessoas têm gastados quantias altas em produtos e cosméticos, não apenas com a intenção de manter um cuidado básico e necessário com a pele, mas com o objetivo de manter uma aparência impecável ou extremamente jovial. Porém, especialistas alertam que é importante ter cuidado na hora de reservar parte do orçamento para esses cuidados, evitando compras por impulso de itens que não são tão necessários.
Dados de uma pesquisa realizada pela Koin, apontam que 53% dos brasileiros investem entre R$ 150 e R$ 350 por mês em produtos de beleza. A pesquisa também indica que 83% dos brasileiros pretendem manter ou aumentar as compras de produtos de beleza nos próximos 12 meses
O segmento de beleza já representa 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e se consolida como um dos maiores do mundo, colocando o Brasil entre os líderes globais em gastos com esses itens.
O educador financeiro João Victorino afirma que é normal que uma boa parte da população queira gastar certa quantia de dinheiro em produtos de beleza, já que os cuidados básicos são necessários para garantir a eventual saúde da pele e para o bem-estar geral, levando a pessoa a sentir-se bem, por exemplo. Porém, ele diz ser fundamental não exagerar, tanto na quantidade dos produtos quanto nos próprios gastos que são feitos para mantê-los.
João Victorino
Educador financeiroO educador pondera que, para otimizar os gastos, o ideal é passar por consulta com dermatologista, de forma que o paciente possa saber quais são realmente os cuidados que a pele está exigindo. Com a orientação médica, torna-se mais fácil determinar os produtos que deverão ser comprados, evitando aquisições por impulso ou por engano, já que alguns itens podem não funcionar. No pior dos casos, há risco de que cosmético cause alergia ou até agrave a situação da pele.
O especialista ressalta que tudo é uma questão de equilíbrio. “Não há problema em gastar com cosméticos, mesmo que não seja para a sua saúde e só para a beleza, para que você se sinta melhor. No entanto, é importante tomar cuidado e avaliar o quanto disso está saindo do controle. Ao invés de servir como melhora da auto-estima, o uso pode ter efeito contrário. Reflita se não se tornou obsessão, que vai gerar frustração com sua aparência e também comprometer seu orçamento com gastos excessivos que poderiam ser evitados”, destaca.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta