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Tumor ósseo: entenda a doença do filho de Wesley Safadão

Tumor ósseo: entenda a doença do filho de Wesley Safadão

Yhudy se queixava de muitas dores de cabeça, quando foi diagnosticado um tumor ósseo no osso parietal, identificado como granuloma eosinófilo

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Guilherme Sillva

Editor do Se Cuida / [email protected]

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 16:09

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Yhudy foi submetido a uma cirurgia de emergência após ser diagnosticado com um tumor no crânio Crédito: Reprodução @wesleysafadao @mileidemihaile

O filho do cantor Wesley Safadão e da influenciadora Mileide Mihaile foi submetido a uma cirurgia de emergência após ser diagnosticado com um tumor no crânio. O procedimento aconteceu na última sexta-feira, 19, mas somente nesta quarta, 24, o caso foi divulgado.

Yhudy, de 14 anos, se queixava de muitas dores de cabeça, quando foi diagnosticado um tumor ósseo no osso parietal, identificado como granuloma eosinófilo, também conhecido como histiocitose de Langerhans. “Informamos que, na sexta-feira (19), Yhudy, filho de Mileide Mihaile e Wesley Safadão, foi submetido a uma cirurgia de emergência, realizada com êxito, em São Paulo, após a descoberta repentina de um tumor. O diagnóstico ocorreu a partir de queixas de dores de cabeça apresentadas nos últimos dias”, diz um trecho do comunicado.

Yhudy recebeu alta hospitalar na segunda-feira (22) e segue se recuperando em casa, com acompanhamento médico. O resultado da biópsia ainda está em andamento, mas os indícios mostram que o tumor é benigno e que não haverá necessidade de tratamentos complementares, como quimioterapia.

Entenda a condição

O granuloma eosinófilo localizado no osso parietal do crânio é uma manifestação focal da histiocitose de células de Langerhans, caracterizada por uma lesão osteolítica única, geralmente de curso benigno e autolimitado. O neurocirurgião Fabrizio Scardino, da Rede Meridional, diz que trata-se de um tumor ósseo destrutivo, mas de baixo grau de malignidade. 

"Se caracteriza por ser uma lesão osteolítica, ou seja, que destrói parcialmente o osso afetado, localizada predominantemente em ossos do crânio, com bordas bem definidas e que se apresenta como uma massa craniana dolorosa ou indolor, edema (inchaço) local, sensibilidade à palpação e, ocasionalmente, sintomas neurológicos se houver extensão intracraniana ou compressão de estruturas adjacentes. A lesão pode variar de tamanho, sendo frequentemente detectado em crianças e adultos jovens", explica o médico.

Fabrizio Scardino, neurocirurgião
O neurocirurgião Fabrizio Scardino explica o que é a doença Crédito: Divulgação Fabrizio Scardino

Na maioria dos casos, ele é considerado um tumor benigno e de bom prognóstico. Raramente evolui para formas mais agressivas, mas merece atenção devido ao potencial de destruição óssea local

Fabrizio Scardino

Neurocirurgião

Os principais sintomas incluem dor localizada, inchaço, nódulo palpável no crânio, sensibilidade ao toque e, em alguns casos, cefaleia (dor de cabeça) persistente. "Em situações raras, pode haver alterações neurológicas se houver envolvimento das estruturas próximas ao cérebro", diz o cirurgião.

Geralmente não é grave

Afonso Aragão, neurocirurgião de crânio e coluna na Rede D’Or, explica que esse tumor geralmente é uma lesão única, bem delimitada, que causa uma cavidade no osso, conhecida como lesão lítica. "Diferentemente dos tumores malignos, o granuloma eosinófilo costuma ser localizado e apresentar uma evolução lenta".

O médico diz que na maioria das vezes ele não é grave. "O granuloma eosinófilo é considerado um tumor benigno e não tem tendência a se espalhar como o câncer. No entanto, requer acompanhamento médico, pois pode crescer, causar dor, deformidade óssea ou, se avançar para dentro do crânio, gerar sintomas neurológicos".

Afonso Aragão diz que é importante procurar atendimento médico sempre que houver dor persistente no crânio, inchaço ou tumoração que não melhoram com o tempo. "Quanto antes a investigação for feita, mais rápido é possível obter o diagnóstico e definir o tratamento adequado".

O neurocirurgião Guilherme Rossoni diz que os sintomas mais comuns são dor persistente que não melhora com analgésicos comuns e inchaço no local. "Quando ocorre no crânio, pode haver sensibilidade na área, alteração estética visível e, em casos mais raros, sintomas neurológicos dependendo da extensão da lesão".

Sempre que a dor for contínua, atrapalhar o sono, vier acompanhada de inchaço ou alterações perceptíveis na região... Esses são os sinais de alerta para buscar um especialista

Guilherme Rossoni

Neurocirurgião

O diagnóstico começa pela avaliação clínica do paciente, seguida de exames de imagem para identificar a alteração óssea. Na maioria das vezes, são utilizados tomografia computadorizada e ressonância magnética. Em alguns casos, é necessário retirar parte da lesão para biópsia, sendo comum a retirada completa para confirmar o diagnóstico.

"Radiografias, tomografia computadorizada e, em alguns casos, ressonância magnética são importantes para avaliar o tamanho e a localização da lesão. Mas a biópsia continua sendo o exame determinante para confirmar o diagnóstico", diz o neurocirurgião.

Guilherme Rossoni diz que a cirurgia é indicada quando há dor intensa, risco de fratura do osso ou quando a lesão compromete estruturas próximas, como a medula ou regiões delicadas do crânio. "Nesses casos, o procedimento visa retirar a lesão e aliviar os sintomas, além de prevenir complicações futuras", finaliza.

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