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Herpes-zóster: veja os sintomas da doença que acometeu o ator Marcelo Faria

Herpes-zóster: veja os sintomas da doença que acometeu o ator Marcelo Faria

A doença é causada pelo vírus Varicella-zoster, que permanece silencioso no corpo até uma possível reativação, mais precisamente em gânglios localizados nos nervos espinhais e cranianos

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 13:08

Marcelo Faria
O ator Marcelo Faria foi diagnosticado com herpes-zóster há três anos Crédito: Reprodução @MarceloFaria

O ator Marcelo Faria foi diagnosticado com herpes-zóster há três anos e disse que é uma doença que ele “não deseja para ninguém”. "O diagnóstico veio há três anos. Eu tinha pouco tempo de namoro e tínhamos marcado uma viagem no aniversário da minha mulher para a Europa. E eu fui com aquele troço, cara. Foi muito desagradável, muito ruim, porque eu não conseguia dormir", revelou em entrevista para a coluna Play do Globo.

Ele contou que na hora de tomar banho a água tinha que ser mais fria. "Porque a água quente é uma coisa que atrapalha o tratamento. Hoje eu já sou vacinado, mas eu vou te falar que eu sinto na minha pele até hoje. É uma doença que eu não desejo para ninguém, é muito ruim". 

Entenda a doença

A doença é causada pelo vírus Varicella-zoster —o mesmo causador da varicela (ou catapora), que permanece silencioso no corpo até uma possível reativação, mais precisamente em gânglios localizados nos nervos espinhais e cranianos. O médico Marcelo Bechara diz que a doença é causada pela reativação do vírus varicela zoster, que costuma ser adquirido ainda na infância através da catapora. "As lesões são cutâneas e aparecem em faixas ou bandas, mas é difícil envolver o corpo inteiro. O paciente ainda apresenta dor em excesso no local e, por vezes, dores neurológicas".

Sintomas comuns:

Dor intensa (ardor, queimação) e sensibilidade na área afetada, que pode começar dias antes do aparecimento das lesões.

 Lesões cutâneas (bolhas) agrupadas. 

 Formigamento, agulhadas ou adormecimento local. 

 Febre, dor de cabeça e mal-estar.

Ana Paula Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP, diz que é preciso que as pessoas entendam que o vírus da herpes-zóster não é o mesmo que causa aquela feridinha na boca. "É o mesmo vírus que o da catapora. Essa doença, geralmente, acomete pessoas mais velhas, não se espalha pelo corpo, e os locais mais atingidos são os caminhos dos nervos, que chamamos de plexos neurais. É um vírus latente, ou seja, ele não some do organismo e fica adormecido em um dos nossos nervos. Quando nossa imunidade cai, ele pode aparecer”. 

Conhecido popularmente como ‘cobreiro’, é uma infecção de pele, mas com grande comprometimento da qualidade de vida. Os principais sinais da doença são vesículas - pequeninas bolhas que fazem casca - acompanhadas de dor intensa, podendo ainda causar febre, mal-estar e cansaço. "Em casos raros, pode levar a óbito".

À medida que envelhecemos, ou em situações que nosso sistema imunológico fica fragilizado (por estresse, má alimentação ou alguma doença preexistente), aumenta a possibilidade de ativação destes vírus e o desenvolvimento da doença, que tem uma grande preferência pelo trajeto de nervos e comprometimento da pele, podendo ter como sequela uma importante dor, conhecida como neurite herpética. “É importante repetir que a doença causa lesões mais localizadas, ou seja, elas não se espalham pelo corpo”, diz Ana Paula. 

Prevenção

Já existe vacina para a prevenção da herpes-zóster, produzida com vírus inativado, são necessárias duas doses. Ela está liberada para pessoas a partir dos 50 anos ou para quem tem comprometimento imunológico e risco aumentado para desenvolver herpes-zóster. Essa vacina tem elevado perfil de eficácia e segurança. E está recomendada mesmo para aqueles que já desenvolveram a doença.

“Normalmente, as pessoas só lembram de vacinas para crianças. É preciso mudar este pensamento é lembrar que, para um envelhecimento saudável, além da vacina contra a herpes-zóster, é importante que o calendário vacinal de adultos e idosos esteja em dia para evitar complicações de doenças graves como hepatites, meningites, HPV e tétano”, complementa a médica.

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