Publicado em 17 de agosto de 2024 às 09:00
A calvície, também conhecida como alopecia androgenética, é uma condição que resulta na redução parcial ou total dos cabelos. "Ela tem um forte componente genético e está diretamente ligada à ação de hormônios androgênicos, como a diidrotestosterona (DHT). A calvície pode afetar tanto homens quanto mulheres, embora seja mais comum no sexo masculino devido à presença da testosterona", explica a médica Renata Melo. >
Nos homens, a calvície se manifesta como falhas nas entradas e no topo da cabeça. Já nas mulheres, ela aparece como um afinamento difuso dos fios, que se tornam progressivamente mais finos, deixando o couro cabeludo mais exposto e alargando a risca que divide o cabelo. >
De acordo com a médica, a principal causa da calvície é hereditária. "No entanto, outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição, como alterações hormonais, carências de vitaminas e minerais, deficiência de ferro, uso de certos medicamentos e até mesmo o estresse”, explica.>
Alguns medicamentos são bastante eficazes. O minoxidil, e finasterida e a dutasterida são exemplos que ajudam a reduzir a queda de cabelo e, em alguns casos, podem até estimular o crescimento de novos fios, especialmente em áreas onde ainda existem folículos capilares viáveis.>
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Mas, como todo tratamento, os medicamentos não estão isentos de riscos. "O minoxidil, por exemplo, pode causar efeitos colaterais, como o crescimento de pelos em outras partes do corpo, uma condição chamada hipertricose", adverte a médica.>
Apesar dos desafios, o minoxidil continua sendo um dos tratamentos mais utilizados. "Ele é amplamente recomendado, mas o uso tópico apresenta algumas desvantagens, como a necessidade de aplicação duas vezes ao dia, além de causar uma sensação e aparência indesejáveis nos fios e irritação no couro cabeludo", explica. >
Renata Melo
MédicaA médica conta que o minoxidil oral, que tem mostrado resultados positivos, deve ser prescrito por um médico, pois foi originalmente utilizado para tratar hipertensão arterial, e a hipertricose foi notada como um efeito colateral. "Usado em doses baixas, ele relaxa a musculatura vascular, aumentando o aporte sanguíneo e, assim, alonga a fase anágena do cabelo, promovendo o aumento do diâmetro e comprimento dos folículos pilosos”, diz.>
Outro medicamento bastante utilizado é a finasterida. "Ela atua reduzindo os níveis de DHT, prevenindo a miniaturização dos folículos capilares, mas também requer prescrição médica devido aos seus potenciais efeitos colaterais, como diminuição da libido, disfunção erétil e ginecomastia (aumento das mamas nos homens)".>
Além desses, existem outros medicamentos que podem ser indicados, como a dutasterida, a espironolactona e até fitoterápicos como o saw palmetto. "É importante lembrar que todos esses medicamentos têm seus efeitos colaterais e devem ser prescritos após uma avaliação detalhada e individualizada de cada paciente", reforça a médica.>
Sobre prevenir a calvície, Renata explica que, embora não seja possível prevenir a condição em todos os casos, especialmente quando há um forte componente genético, algumas medidas podem ajudar a retardar seu progresso. "Manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o estresse, o consumo de álcool e o tabagismo são fundamentais. Além disso, é crucial procurar um profissional habilitado ao primeiro sinal de queda de cabelo", aconselha.>
A médica destaca no seu trabalho os tratamentos que hoje atuam na calvície com diversa tecnologias modernas: "Atualmente, existem diversos procedimentos tecnológicos que têm se mostrado eficazes contra a calvície, como o laser. O tratamento personalizado começa com uma consulta médica detalhada, seguida de análise macroscópica do cabelo e exames para verificar possíveis deficiências de vitaminas ou minerais", finaliza.>
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